Merkel avisa Costa que vai haver cortes

Primeiro-ministro alerta que o futuro da União Europeia pode estar em causa.

01 de junho de 2018 às 09:30
Ângela Merkel e António Costa no encontro oficial em Portugal Foto: Reuters
Ângela Merkel e António Costa no encontro oficial em Portugal Foto: Reuters
Visita oficial de Angela Merkel em Portugal Foto: Pedro Catarino
Visita oficial de Angela Merkel em Portugal Foto: Pedro Catarino
Visita oficial de Angela Merkel em Portugal Foto: Pedro Catarino
Visita oficial de Angela Merkel em Portugal Foto: Pedro Catarino
Visita oficial de Angela Merkel em Portugal Foto: Pedro Catarino
Visita oficial de Angela Merkel em Portugal Foto: Pedro Catarino

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A chanceler alemã, Angela Merkel, avisou esta quinta-feira o primeiro-ministro português que os cortes no orçamento comunitário são inevitáveis. Mas António Costa alertou que "os fundos de coesão não podem ser sacrificados", sob pena de "colocar em risco o futuro da União Europeia". Os dois governantes falavam, lado a lado, aos jornalistas na conferência de imprensa que se realizou no Palácio Foz, em Lisboa, e que encerrou a visita oficial de dois dias de Angela Merkel a Portugal.

A governante germânica explicou que será tarefa impossível evitar os cortes, devido "à saída da UE de um importante contribuinte líquido como o Reino Unido". "É tão complicado como a quadratura do círculo", explicou Merkel, dizendo acreditar também que, "com um pouco de boa vontade", os Estados-membros serão "bem-sucedidos".

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Em resposta, António Costa defendeu que "novas ambições exigem mais recursos" e rejeitou cortes na coesão. O primeiro-ministro "registou" os progressos feitos entre o "mau ponto de partida" da proposta inicial da Comissão Europeia e a versão mais recente para acrescentar que "há margem para continuar a trabalhar".

Antes desta reunião com Costa, Angela Merkel manteve uma conversa informal com o presidente do PSD. No final, Rui Rio revelou aos jornalistas que tentou "sensibilizar" a chanceler para a relevância de Portugal não ser penalizado na atribuição dos fundos para a coesão e a PAC (Política Agrícola Comum) no próximo orçamento da UE.

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A proposta de orçamento plurianual da Comissão Europeia para 2021-2027 prevê para Portugal cerca de 21,2 mil milhões de euros ao abrigo da política de coesão, o que representa um corte de 7% face ao quadro atual. Uma redução ainda assim inferior à inicialmente proposta de 15%. Espanha e Itália, por exemplo, veem os fundos de coesão reforçados.

SAIBA MAIS 

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mil milhões de euros foi o valor das exportações portuguesas de bens e serviços para a Alemanha no ano passado. As importações ultrapassaram os 10,4 mil milhões de euros, segundo dados da AICEP.

3000 empresas

Em 2016, as empresas portuguesas que exportaram para a Alemanha superaram as três mil, número que tem vindo a crescer (eram 2853 em 2012). Entre as dez maiores estão três com capital alemão: a Bosch, a Continental Mabor e a Volkswagen Autoeuropa.

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