Ministro da Defesa enaltece inversão na queda do número de efetivos das Forças Armadas

Nuno Melo afirmou que a inversão do ciclo de recrutamento, "depois de dez anos com os números sempre a cair", é resultado das opções do atual Governo.

02 de outubro de 2025 às 18:44
Nuno Melo, ministro da Defesa Foto: HUGO DELGADO
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O ministro da Defesa, Nuno Melo, afirmou esta quinta-feira que o país inverteu a tendência de queda no recrutamento de efetivos nas Forças Armadas, havendo atualmente mais jovens a optar pela carreira militar do que a sair.

A informação foi transmitida pelo ministro num discurso na cerimónia de entrega de diplomas de encarte aos novos sargentos do quadro permanente do exército português, nas Caldas da Rainha, embora sem detalhar o período temporal destes dados.

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Nuno Melo afirmou que a inversão do ciclo de recrutamento, "depois de dez anos com os números sempre a cair", é resultado das opções do atual Governo, enaltecendo que o país tenha hoje "mais jovens a optar por entrar nas Forças Armadas do que militares que optam por sair".

"As entradas equivalem a mais um batalhão. Significa que as Forças Armadas, aos olhos dos jovens portugueses, são hoje mais apelativas e dignificadas", disse.

Para o ministro, esta mudança entre os jovens portugueses exige que as Forças Armadas "estejam à altura" no sentido de garantir que quem entra sabe que "pode construir uma carreira em áreas que são de futuro" com oportunidades tecnológicas e "disruptivas" que "não se repetem noutra áreas nem outros domínios".

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O recrutamento tem sido uma das principais dificuldades das Forças Armadas portuguesas nos últimos anos, com o número de efetivos a diminuir de forma contínua. O ministro da Defesa, ainda no mandato anterior, havia assumido esta questão como prioritária.

Em outubro de 2024, Nuno Melo já tinha anunciado que o número de candidaturas às Forças Armadas aumentou, salientando que, após oito anos com os números de recrutamento e retenção de militares a cair, "o ciclo inverteu-se".

"Depois de oito anos com os números do recrutamento e da retenção sempre a cair, nós verificámos já, pela primeira vez em muitos anos, a inversão desse ciclo", anunciou Nuno Melo numa audição na comissão parlamentar de Defesa Nacional.

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O ministro da Defesa referiu, contudo, que tem a "prudência necessária" para achar que é preciso esperar "que o tempo vá passando para que esta tendência se mostre consistente e, a seu tempo", se consiga atingir o valor de cerca de 30 mil militares nas Forças Armadas que o Governo fixou como objetivo até ao final da legislatura.

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