Ministro diz que maioria dos alunos tem aulas mesmo que falte um professor

"Na maior parte dos casos, em 78% das escolas, há pelo menos um horário que estava por preencher, mas isso não levou a que os alunos estivessem sem aulas", explicou.

23 de setembro de 2025 às 13:40
Fernando Alexandre Foto: Tiago Petinga/Lusa
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O ministro da Educação, Fernando Alexandre, voltou esta terça-feira a garantir que a maioria dos alunos tem aulas, indicando que num universo de cerca de 130 mil professores existem "mil horários" por preencher, o que representa 0,7%.

"Nós temos cerca de 130 mil professores, quando temos mil horários por preencher isso quer dizer que são 0,7% de horários por preencher", disse, explicando: "O que não quer dizer, sequer, que os alunos estão sem aulas, os horários estão por preencher mas na grande maioria dos casos, mesmo com horários por preencher, os alunos têm aulas".

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O governante, que falava aos jornalistas em Portalegre, à margem da inauguração oficial de uma residência com capacidade para acolher 203 estudantes do Instituto Politécnico de Portalegre, afirmou ainda que, "na maior parte" dos casos, existia na semana transata um horário por preencher, mas esta situação não levou os alunos a ficarem sem aulas.

"Na maior parte dos casos, em 78% das escolas, há pelo menos um horário que na semana passada estava por preencher, mas isso não levou a que os alunos estivessem sem aulas", explicou.

"Isto vai acontecer durante todo o ano, nós temos quatro mil professores a reformarem-se durante o ano, o que quer dizer que nós vamos ter em média 400 professores a terem de ser substituídos cada mês", acrescentou.

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Fernando Alexandre disse ainda que a informação dada na segunda-feira pelo Ministério da Educação "é muito clara", reconhecendo que "vão existir sempre" horários por preencher, apesar de a tutela estar a "acelerar" o procedimento de colocações dos professores.

"Nós temos 38 agrupamentos dos 809 que existem onde nós identificámos mais de 10 horários por preencher e 70% desses 38 agrupamentos que, digamos, têm faltas significativas de professores estão na região da grande Lisboa e Península de Setúbal", disse.

"O problema da falta de professores é um problema muito sério, muito grave, mas é localizado, não é do país como um todo, felizmente", acrescentou.

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Falta, pelo menos, um professor em 78% das escolas públicas e há 38 estabelecimentos com mais de 10 horários por preencher, a esmagadora maioria nas zonas de Lisboa e Península de Setúbal, segundo dados oficiais divulgados na segunda-feira.

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