Ministro do Trabalho está orgulhoso da taxa de desemprego
Vieira da Silva afirma que valores refletem "dinamismo muito positivo" do mercado de trabalho.
O ministro do Trabalho considerou esta segunda-feira que a descida do desemprego em fevereiro e em março reflete o "dinamismo muito positivo" do mercado de trabalho, destacando que, além desta tendência, "o emprego continua a crescer mais".
"O número de pessoas desempregadas baixou os 400 mil pela primeira vez em quase 14 anos, o que é um resultado muito importante, mas, mais do que a diminuição do número de desempregados, importa referir que aquilo que é mais importante, é que o emprego continua a crescer mais do que a diminuição do desemprego", disse o ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, Vieira da Silva, em declarações à agência Lusa.
Reagindo aos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), que reviu esta segunda-feira em baixa de 0,2 pontos percentuais a taxa de desemprego de fevereiro para 7,6%, o valor mais baixo desde abril de 2004, e estimou para março nova descida para 7,4%, Vieira da Silva vincou que "esta é uma evolução que, a todos os títulos, qualquer que seja a dimensão analisada, revela um dinamismo muito positivo do mercado de trabalho".
"Esses dados mensais vêm reforçar uma tendência que se vem acentuando e, de facto, Portugal tem esta segunda-feira uma taxa de desemprego que já se situa bem próxima da União Europeia e claramente abaixo da média da zona euro", observou o governante, ressalvando que "isto é algo que acontece pela primeira vez desde há muito tempo".
Até porque "não há muito tempo estávamos a baixar dos 10% de desemprego", assinalou.
No que toca à criação de emprego, Vieira da Silva notou que "há muitas dezenas de milhares de portugueses que [...] aumentaram a população no mercado de trabalho, que continua a ampliar-se, o que quer dizer que a economia está a criar novas possibilidades e novas oportunidades para jovens e pessoas adultas entrarem no mercado de trabalho".
"Nós, tendo em atenção a previsão para o mês de março, atingiremos um valor superior a 300 mil postos de trabalho líquidos criados nesta legislatura", realçou, falando ainda no "sinal extremamente positivo da continuação de uma tendência de [...] crescimento económico rico em emprego".
O valor definitivo do desemprego apurado para fevereiro divulgado esta segunda-feira pelo INE representa uma descida em 0,3 pontos percentuais face ao mês anterior, menos 0,5 pontos percentuais em relação a três meses antes e menos 2,3 pontos percentuais face ao mesmo mês de 2017.
A estimativa provisória da população desempregada de março foi de 381,2 mil pessoas, tendo diminuído 3,5% (13,9 mil) em relação ao mês anterior (fevereiro de 2018), 7,3% (30,2 mil) face a três meses antes (dezembro de 2017) e 24,0% (120,5 mil) face ao mês homólogo.
Já a estimativa provisória da população empregada de março foi de 4 791,8 milhões de pessoas, tendo aumentado 0,2% (8,4 mil) face ao mês anterior (fevereiro de 2018), 0,4% (19,7 mil) em relação a três meses antes (dezembro de 2017) e 3,0% face ao mesmo mês de 2017, refere o INE.
A estimativa provisória da taxa de desemprego avançada pelo instituto para março deste ano (7,4%) compara com os 9,7% apurados um ano antes.
Segundo o INE, em março, a taxa de desemprego dos jovens situou-se em 21,3% e aumentou 0,1 pontos percentuais em relação ao mês precedente. Já a taxa de desemprego dos adultos foi de 6,3% e diminuiu 0,3 pontos percentuais em relação àquele mês
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