Montenegro diz que fez tudo o que podia mas desdramatiza se não houver maioria estável

"A democracia é um sistema que encontra sempre saída", disse o primeiro-ministro.

15 de maio de 2025 às 13:41
Luís Montenegro Foto: Fernando Veludo/Lusa
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O presidente do PSD afirmou hoje que fez "tudo o que podia" para que os portugueses votem "por uma maioria que garanta estabilidade", mas desdramatizou se os resultados eleitorais não permitirem esse caminho.

"A democracia é um sistema que encontra sempre saída e, portanto, eu não vou estar aqui a dizer que o país vai acabar na segunda-feira se não houver uma maioria que garanta esta estabilidade. O país não vai acabar", afirmou, em declarações aos jornalistas no final de uma visita a uma exposição sobre o fundador do PSD Francisco Sá Carneiro na Câmara Municipal do Porto.

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No entanto, defendeu que, se os portugueses não querem ter eleições todos os anos e querem "dar condições para o Governo continuar o seu trabalho", devem concentrar os votos na AD - Coligação PSD/CDS-PP.

"A dispersão do voto é um caminho para mais instabilidade, mais incerteza e, eventualmente, uma legislatura interrompida", alertou.

Questionado se fez o que era preciso para isso ou se cometeu erros nesta campanha, respondeu: "Eu acho que toda a gente comete erros, ninguém é infalível, não era eu que iria ser diferente. Agora, que fiz tudo aquilo que podia, que estou a dar tudo aquilo que tenho para dar, isso não há dúvida nenhuma".

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Montenegro referiu que quando se dirigia à primeira iniciativa do dia da campanha da AD ouviu uma notícia que dizia que "na Europa, nos últimos 10 anos, Portugal é o segundo país onde houve mais eleições legislativas, o que não é um bom cartão de visita"

"Se nós queremos travar a repetição de eleições, de atos eleitorais, e esta confusão que é isso acontecer muitas vezes, devemos contribuir para uma solução mais duradoura. Mas isso é a minha visão, é aquela que eu peço às portuguesas e aos portugueses que avaliem, mas eles é que têm que decidir. Sem dramatismos", afirmou.

"Eu tenho dito, eu não sou muito dado a dramatizações, eu sou mais dado a uma reflexão constante, permanente, moderada", acrescentou.

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Questionado se irá pedir maioria absoluta na reta final da campanha, repetiu a fórmula que tem utilizado: "maioria maior" e um reforço das condições de governabilidade.

Nesta iniciativa, foi também questionado sobre a nova indisposição do líder do Chega, André Ventura, numa iniciativa de campanha.

"Eu tentei ligar ao André Ventura e não consegui, Falei com o líder parlamentar, com o Pedro Pinto. Desejo-lhe um rápido restabelecimento e, portanto, é isto que os transmito. Espero que não seja nada de grave", desejou.

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