Montenegro manifestou "vontade expressa" de dar esclarecimentos ao parlamento sobre combate a incêndios
Ministro dos Assuntos Parlamentares, Carlos Abreu Amorim, considerou que a disponibilidade se estende a todo o Governo.
O ministro dos Assuntos Parlamentares, Carlos Abreu Amorim, disse esta quarta-feira que o primeiro-ministro manifestou "vontade expressa" de ir ao parlamento prestar esclarecimentos sobre o combate aos incêndios.
"O senhor primeiro-ministro manifestou vontade expressa de estar aqui numa reunião da comissão permanente, que se realizará na próxima semana, para dar todos os esclarecimentos que forem considerados necessários ao parlamento e, através do parlamento, também ao país", afirmou.
Abreu Amorim falava aos jornalistas após uma reunião da conferência de líderes na qual foi decidida a realização de um debate parlamentar sobre os incêndios, com o primeiro-ministro, na próxima quarta-feira.
Questionado sobre a presença da ministra da Administração Interna, o ministro dos Assuntos Parlamentares considerou que a disponibilidade manifestada pelo primeiro-ministro se estende a todo o Governo, que "entenderá quem estará presente" no debate.
"O Governo inteiro estará disponível para dar esses esclarecimentos, mas o chefe do Governo é o senhor primeiro-ministro, e o senhor primeiro-ministro assume o protagonismo nesses mesmos esclarecimentos", acrescentou.
Carlos Abreu Amorim considerou que "os esclarecimentos são dados pelo Governo, através das fases e dos momentos que forem considerados adequados".
"A Assembleia da República é casa da democracia, o palco por excelência onde o debate democrático e os esclarecimentos, que são típicos do regime democrático, acontecem. E é nesse sentido que o primeiro-ministro estará aqui e prestará os esclarecimentos que forem considerados necessários e adequados", acrescentou.
Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, num contexto de temperaturas elevadas que motivou a declaração da situação de alerta desde 2 de agosto.
Os fogos provocaram dois mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, na maioria sem gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.
Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual chegaram dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos fogos. Segundo dados oficiais provisórios, até 19 de agosto arderam mais de 201 mil hectares no país, mais do que a área ardida em todo o ano de 2024.
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