Mortágua diz que Governo tem obrigação de garantir segurança de Flotilha Humanitária

Coordenadora do BE garantiu que os três participantes portugueses enviaram uma comunicação ao Ministério dos Negócios Estrangeiros com as "informações essenciais" sobre a missão.

26 de agosto de 2025 às 18:39
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A coordenadora do BE defendeu esta terça-feira que o Governo português tem a obrigação legal e moral de usar "todos os instrumentos" para garantir que a Flotilha Humanitária "chega a Gaza em segurança e consegue entregar ajuda humanitária" na Palestina.

Numa conferência de imprensa no parlamento sobre a Flotilha Humanitária que integra e que parte esta semana para Gaza, visando entregar ajuda à população e romper o cerco israelita, Mariana Mortágua garantiu que os três participantes portugueses (a própria, a atriz Sofia Aparício e o ativista Miguel Duarte) enviaram uma comunicação ao Ministério dos Negócios Estrangeiros com as "informações essenciais" sobre esta missão, defendendo que Portugal deve garantir a segurança de quem a integra.

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"Entendemos que esta é uma missão legal e ao abrigo do direito internacional, e entendemos que o Governo português (...) tem a obrigação moral, mas também legal, de usar todos os esforços e todos os instrumentos para garantir que estes barcos chegam em segurança e conseguem entregar ajuda humanitária em Gaza", disse.

Mortágua explicou que está em causa "uma missão sem precedentes" para furar o cerco israelita que junta "dezenas de embarcações" e delegações de mais de 40 países, defendendo que é importante que "a comunidade e sociedade civil possam fazer aquilo que o governos não fizeram", em relação ao apoio humanitário à Palestina.

A líder do Bloco frisou que vão embarcar nesta missão deputados de outros países e eurodeputados, justificando que quantos mais parlamentares "estiverem nestas embarcações, mais difícil será ao Governo israelita contra-atacar ou bloquear a a passagem destes barcos", como aconteceu com a Flotilha da Liberdade, que transportava, entre outros, a ativista climática sueca Greta Thunberg.

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Mariana Mortágua afirmou ainda que, na tomada de decisão para aceitar integrar esta missão, pesou o facto de ser deputada e, por isso, gozar de uma "proteção diplomática" que é "útil a esta missão".

A coordenadora bloquista explicou também que a expectativa é de que esta iniciativa não se sobreponha, temporalmente, ao reinício dos trabalhos parlamentares, mas que, até ao seu regresso, o partido manterá a sua atividade política, fazendo-se representar pelos seus dirigentes.

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