Mortágua esperava "um bocadinho mais de decência" das instituições portuguesas

Coordenadora do BE afirmou que o executivo tornou público que os ativistas teriam que pagar os custos do seu regresso antes de receber a notificação.

08 de outubro de 2025 às 12:12
Mariana Mortágua comenta custos de regresso de ativistas da flotilha a Portugal Foto: Paulo Cunha/Lusa_EPA
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A coordenadora do BE afirmou esta quarta-feira que esperava "um bocadinho mais de decência e dignidade" das instituições portuguesas, depois de ter sido noticiado que os ativistas da flotilha terão que pagar os custos do seu regresso ao país.

"A pessoa espera sempre um bocadinho mais de decência e dignidade das instituições em Portugal, mas nunca nos devemos deixar de surpreender, acho que isso é um bom princípio", considerou Mariana Mortágua, em declarações aos jornalistas à margem de uma ação de campanha para as autárquicas em Oeiras, distrito de Lisboa.

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Mortágua afirmou que o executivo tornou pública a informação de que os quatro ativistas que integraram uma flotilha com ajuda humanitária que se destinava a Gaza teriam que pagar os custos do seu regresso antes de receber a notificação.

Interrogada sobre se tem ideia dos valores que estão em causa, Mortágua respondeu que ainda não recebeu a notificação.

A coordenadora nacional do BE escusou-se a mais comentários sobre o tema, afirmando que já teve oportunidade de comentar o caso nas redes sociais.

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Na terça-feira, Mariana Mortágua escreveu na rede social X que o destino da flotilha era Gaza, e não Israel, para onde os quatro ativistas "foram levados ilegalmente".

"O governo decidiu imputar o custo a quem levava ajuda humanitária contra o genocídio. Um governo decente mandaria a fatura ao genocida. Pagarei o bilhete, comprando a prova de que há ministros sem espinha", criticou nessa publicação.

A informação segundo a qual os ativistas terão de pagar os custos do repatriamento foi avançada pelo Correio da Manhã e confirmada por diversos órgãos de comunicação social junto do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

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Os quatro portugueses que fizeram parte da flotilha Global Sumud aterraram no passado domingo, por volta das 22:30, no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, onde eram aguardados por familiares e apoiantes pró-Palestina.

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e os ativistas Miguel Duarte e Diogo Chaves estavam detidos, em Israel, depois das forças israelitas terem intercetado as cerca de 50 embarcações da Flotilha Global Sumud, que pretendia entregar ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

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