MP e PJ querem abertura de inquérito a Luís Montenegro no âmbito do caso Spinumviva

PGR já estará convencido com a necessidade de abertura de um inquérito formal, avança a ‘Sábado’.

08 de outubro de 2025 às 01:30
Os investigadores têm recolhido indícios no caso Spinunviva Foto: Direitos Reservados
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Os investigadores do Ministério Público (MP) e da Polícia Judiciária (PJ) que lideram a recolha de informações no âmbito da averiguação preventiva ao caso Spinumviva, a empresa familiar do primeiro-ministro, Luís Montenegro, querem que seja aberto um inquérito-crime que lhes permita abrir as portas do sigilo fiscal e bancário. A notícia, avançada esta semana pela ‘Sábado’, adianta que os investigadores do caso, titulado pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), têm analisado notícias e outros documentos em “fontes abertas” (isto é, disponíveis no espaço público), já passaram a “pente fino” a primeira remessa de documentos enviada por Luís Montenegro e até fizeram uma recolha informal de dados em Espinho, com conversas ‘off the record’ com as habitualmente designadas ‘forças vivas’ da cidade.

A investigação encontra-se agora num impasse, pois, segundo várias fontes judiciais, só com a abertura de um inquérito será possível analisar as contas bancárias da empresa e dos seus sócios (o próprio Luís Montenegro, a mulher e os dois filhos), assim como as faturas emitidas, cruzando-as com os montantes entrados, para que seja possível ter um “quadro global” da Spinumviva e dos serviços prestados pela empresa, assim como os respetivos honorários cobrados.

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O próprio procurador-geral da República (PGR), Amadeu Guerra, já estará convencido da necessidade de abertura de um inquérito formal, tendo em conta as informações que tem recebido do DCIAP e da PJ.

PGR esclarece averiguação
A procuradoria-geral da República (PGR) afirmou ontem que “não há, neste momento, qualquer convicção formada que permita encerrar” a averiguação preventiva ao primeiro-ministro. E garantiu ainda que nada foi proposto ao PGR.

“Uma pouca vergonha” 
Montenegro disse ontem que os de- senvolvimentos do caso Spinumviva são “uma pouca vergonha”. Falou em “insinuações infundadas” e pediu aos portugueses para “não se deixarem levar por manobras” que classificou como “obscuras”. “Não me intimido.”

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