“Não andem atrás de mim pelo País todo”: comitiva do Chega vive momentos de tensão com ciganos em Viana do Castelo
Polícia obrigada a intervir para acalmar ânimos entre dois grupos.
A polícia foi esta sexta-feira obrigada a intervir para acalmar os ânimos dos elementos da comitiva do Chega e de membros da comunidade cigana, em Viana do Castelo.
O protesto, que se repete pelo terceiro dia, subiu de tom, com troca de insultos e, a dada altura, André Ventura respondeu, de dedo em riste: “Não têm mais nada para fazer do que vir para aqui a toda a hora? Não têm trabalho para fazer? Vão-se embora, não andem atrás de mim pelo País todo”, atirou o presidente do partido, sob um coro de acusações de racismo, fascismo e de incitamento ao ódio. “É escusado virem para aqui”, disse, segurado por um grupo de apoiantes que, perante a contestação, foi mais longe do que Ventura. “[Vão] para a vossa terra, vagabundos”, ouviu-se.
O momento de tensão aconteceu no final da arruada, quando esta passou pela feira semanal. E o comentário político foi feito logo no arranque, longe da confusão. “Acho que já tinha ficado claro que o Presidente da República quereria um Governo de condições e de estabilidade, e não um Governo para durar mais um ano, ou seis meses. E isso reforça aquilo que eu tenho dito, que só uma vitória do Chega à direita poderá garantir essa estabilidade”, afirmou sobre a intenção de Marcelo, que quer nomear um Executivo com a certeza de que o programa deste será viabilizado no Parlamento.
Ventura previu ainda que a direita será obrigada a “reconfigurar-se” e frisou que é Montenegro que o afasta de um acordo com o PSD. “Os outros têm que se adaptar a essa vitória, transformar-se e aceitar a realidade. Não interessa o ‘não é não’ se os portugueses disserem que ‘sim é sim’”, referiu.
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