“O diabo é a direita”: António Costa despede-se de líder do PS no 24.º Congresso Nacional

António Costa atira à direita e recupera expressão de Pedro Passos Coelho.

06 de janeiro de 2024 às 09:12
António Costa Foto: António Cotrim/Lusa
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“Obrigado” num ecrã gigante e ao som de ‘Com Um Brilhozinho Nos Olhos’, de Sérgio Godinho. Foi assim a despedida de António Costa de líder do PS, no 24.º Congresso Nacional que arrancou esta sexta-feira em Lisboa. Agradeceu, despediu-se e mostrou quem é o grande adversário que agora se adivinha ao revelar o que diz ser um “segredo”. “O diabo não veio porque o diabo é a direita e os portugueses não devolveram o poder à direita”, disse o agora ex-secretário-geral do partido, dando exemplos. Se fosse a direita, “não haveria IRS jovem”, atirou.

Costa recuperou na sua despedida a expressão de Passos Coelho ao sair do Parlamento, quando o ex-primeiro-ministro dizia que “vinha aí o diabo”, depois do acordo à esquerda. Aliás, o ainda líder do Governo deu grande ênfase ao fim dos “muros” entre os partidos da chamada ‘geringonça’. Se era um conselho a Pedro Nuno Santos, ninguém sabe.

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“Podemos inovar, ousar, podemos rasgar novos horizontes”, disse, para sublinhar que o PS derrubou os muros à esquerda. “Não deixaremos voltar a erguer esses muros”, sentenciou. O “padrão de governabilidade”, disse Costa, “provou bem”.

Um novo entendimento deste género é o grande tabu destas eleições. Se por um lado o Bloco de Esquerda já abriu a porta a uma reedição da solução, por outro, dentro do PS esse tema não é para já. Ninguém arrisca dar um sim ou não à solução. Depois da longa exposição da marca que deixa, António Costa diz que o trabalho “é do partido”. “Podem ter-me derrubado, mas não me derrotaram. Podem ter derrubado o nosso Governo, mas não o partido socialista”, rematou.

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“Obrigado” num ecrã gigante e ao som de ‘Com Um Brilhozinho Nos Olhos’, de Sérgio Godinho. Foi assim a despedida de António Costa de líder do PS, no 24.º Congresso Nacional que arrancou esta sexta-feira em Lisboa. Agradeceu, despediu-se e mostrou quem é o grande adversário que agora se adivinha ao revelar o que diz ser um “segredo”. “O diabo não veio porque o diabo é a direita e os portugueses não devolveram o poder à direita”, disse o agora ex-secretário-geral do partido, dando exemplos. Se fosse a direita, “não haveria IRS jovem”, atirou.

Costa recuperou na sua despedida a expressão de Passos Coelho ao sair do Parlamento, quando o ex-primeiro-ministro dizia que “vinha aí o diabo”, depois do acordo à esquerda. Aliás, o ainda líder do Governo deu grande ênfase ao fim dos “muros” entre os partidos da chamada ‘geringonça’. Se era um conselho a Pedro Nuno Santos, ninguém sabe.

“Podemos inovar, ousar, podemos rasgar novos horizontes”, disse, para sublinhar que o PS derrubou os muros à esquerda. “Não deixaremos voltar a erguer esses muros”, sentenciou. O “padrão de governabilidade”, disse Costa, “provou bem”.

Um novo entendimento deste género é o grande tabu destas eleições. Se por um lado o Bloco de Esquerda já abriu a porta a uma reedição da solução, por outro, dentro do PS esse tema não é para já. Ninguém arrisca dar um sim ou não à solução. Depois da longa exposição da marca que deixa, António Costa diz que o trabalho “é do partido”. “Podem ter-me derrubado, mas não me derrotaram. Podem ter derrubado o nosso Governo, mas não o partido socialista”, rematou.

Temido aposta nas cidades

A ex-ministra da Saúde, Marta Temido, apontou esta sexta-feira como um dos combates do PS as cidades. “A menos de dois anos do próximo ciclo autárquico”, recordou a socialista apontada como candidata a Lisboa, “há espaço para diferentes e melhores políticas” locais. “As cidades são o catalisador de desenvolvimento económico. É nelas que se jogam todos os desafios da modernidade”, disse.

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