"Este governo readmitiu 600 trabalhadores", diz Costa durante debate
Debate é o último antes da entrega do Orçamento de Estado de 2019.
O primeiro-ministro afirmou esta quarta-feira que a proposta de orçamento vai conter medidas para melhorar os rendimentos das famílias e alargar os incentivos às empresas, designadamente incentivando o reinvestimento de lucros, a inovação e a qualificação dos trabalhadores.
António Costa falava na abertura do debate quinzenal, na Assembleia da República, que se realiza cinco dias antes da entrega pelo Governo da proposta de Orçamento do Estado para 2019.
"Na proposta de orçamento que apresentaremos na próxima semana estarão presentes medidas que melhoram os rendimentos, mas também medidas que alargam os incentivos às empresas no reinvestimento dos seus lucros, e do apoio à inovação e à qualificação dos seus trabalhadores", declarou o líder do executivo.
Questionado sobre a nomeação de Carlos Pereira para a ERSE, Costa responde que a escolha foi fácil. "Este é daqueles processos em que governo tem vida bastante facilitada".
Fernando Negrão, deputado do PSD, questiona Costa sobre a problemática envolvente no furto de armas militares, adiantando que lhe parece haver uma "banalização deste caso".
"Vamos dar tempo à justiça para que ela faça o seu trabalho. Eu estou tranquilo", respondeu o primeiro-ministro sobre o caso Tancos.
Sobre as questões levantadas relativamente às alegadas irregularidades nas reconstruções das casas depois dos incêndios de outubro de 2017, Fernando Negrão reforça a dúvida sobre o baixo número de casas a ser reconstruídas.
"Ficámos a saber que só há oito casas a ser construídas em 28 concelhos. Sr. primeiro ministro, passou um ano desde os incêndios", rematou o deputado.
Catarina Martins, deputada do Bloco de Esquerda, levanta questões sobre o setor energético e o facto de Portugal ter uma fatura energética muito elevada em comparação com outros países europeus. "Esperamos para o ano baixar a fatura da energia", avançou Catarina Martins.
"O maior contributo para a redução do défice foi a criação de emprego", respondeu o primeiro-ministro sobre a atual situação econónima do país.
"Estamos sempre disponíveis para analisar riscos de corrupção", afirmou Costa sobre questões feitas por Catarina Martins sobre caso de Vistos Gold.
Assunção Cristas, deputada parlamentar do CDS, afirmou que Portugal está entre os piores no crescimento e questiona o governo sobre os impostos dos combustíveis. "Em comparação aos restantes países da zona euro, Portugal é o terceiro pior (...) É mau estar em terceiro lugar a contar do fim", rematou a deputada.
Assunção Cristas apela também a que o primeiro-ministro "ponha mão no caos" que ultrapassa o setor da saúde. "Vai corrigir o rumo do governo na saúde?".
"A área da saúde não está sujeita a cativações", respondeu Costa, avançando que o Sistema de Saúde Nacional é um "orgulho" para todos os portugueses.
"Este é o governo mais amigo da economia em muitos anos", avançou António Costa.
Jerónimo de Sousa, deputado do PCP, afirma que "Portugal precisa de produzir mais", questionando o primeiro-ministro pela redução de produção nacional. O deputado questionou também Costa sobre os vínculos laborais nos vários setores de trabalho, assim como os direitos dos trabalhadores (especialmente dos professores e dos enfermeiros).
Nesse momento, António Costa afirmou que "é fundamental continuar a proteger a produção" e ainda reforçou as medidas que estão a ser tomadas pelo governo para combater o desemprego. "Este governo readmitiu 600 trabalhadores na segurança social", disse o primeiro-ministro.
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