Pandur geram dívida milionária
Fabrequipa recorre a PER. Débitos são acima de nove milhões de euros, sobretudo à Banca.
Quatro bancos, entre os quais o BCP e o BES, reclamam à Fabrequipa, empresa do Barreiro que foi responsável pela montagem dos Pandur, o pagamento de uma dívida de mais de 2,9 milhões de euros. A Fabrequipa, que é detida por Francisco Pita, tem uma dívida total reconhecida superior a nove milhões de euros. A empresa que produziu as viaturas blindadas para o Exército, no âmbito do contrato de contrapartidas da aquisição dos Pandur à empresa austríaca Steyr, apresentou, em 2014, um Processo Especial de Revitalização (PER).
A ista provisória de 25 credores revela que as duas maiores dívidas são ao BCP e BES: mais de 1,4 milhões de euros e acima de 980 mil euros, respetivamente.
Banif e Banco Popular reclamam o pagamento de dívidas inferiores: 337 mil euros e 228 mil euros. A empresa tem uma dívida aos trabalhadores de mais de 196 mil euros. Francisco Pita justifica o recurso da Fabrequipa ao PER com "a necessidade de salvaguardar o futuro da empresa", depois de o atual ministro da Defesa ter decidido terminar o contrato de fornecimento dos Pandur.
Segundo o proprietário da Fabrequipa, os credores já aprovaram o PER, que prevê "o congelamento do passivo durante dois anos" e a preparação da empresa para a produção de Pandur com vista à exportação.
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