Partido dos Reformados e Pensionistas defende referendo
PURP defende a qualidade de vida da camada da população mais idosa.
A comissão política nacional do Partido Unido dos Reformados e Pensionistas (PURP) defendeu este sábado que se realize um amplo debate sobre a eutanásia, seguida de uma consulta à sociedade através de um referendo.
Num comunicado, a comissão política nacional justifica que a questão da morte medicamente assistida tem uma "delicada natureza", e que o PURP defende a qualidade de vida da camada da população mais idosa.
"Propõe que seja feita uma ampla discussão/debate a nível nacional seguida, de consulta à sociedade através de um referendo", diz no comunicado.
Os quatros projetos de lei para despenalizar e regular a morte medicamente assistida em Portugal vão ser debatidos e votados, na generalidade, na terça-feira, na Assembleia da República.
Nas bancadas do PSD e do PS, que no total somam 175 dos 230 deputados, haverá liberdade de voto.
O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) foi o primeiro a apresentar um projeto, ainda em 2017, seguido pelo BE, pelo PS e o Partido Ecologista 'Os Verdes' (PEV).
Todos os diplomas preveem que só podem pedir, através de um médico, a morte medicamente assistida pessoas maiores de 18 anos, sem problemas ou doenças mentais, em situação de sofrimento e com doença incurável, sendo necessário confirmar várias vezes essa vontade.
PSD e CDS-PP já admitiram, no passado, a realização de um referendo sobre o tema da morte medicamente assistida, hipótese que o PS afasta claramente.
O novo presidente do PSD, Rui Rio, é, pessoalmente, favorável à despenalização da eutanásia e contra o referendo, embora admita que o partido discuta a questão da consulta popular.
O PCP, por seu turno, manifestou a sua oposição à eutanásia.
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