Passos convida Costa para o Governo
Primeiro-ministro em funções faz desafio para coligação mais alargada.
Pergunta CM
Costa deve aceitar convite de Passos para integrar Governo?
Na véspera de ser recebido pelo Presidente da República, o líder do PSD lançou ontem um último repto ao secretário-geral socialista: quer ou não participar num Governo de bloco central alargado com PSD, PS e CDS? O convite foi enviado por carta.
Do lado de António Costa, imperou para já o silêncio, sinal de que o acordo é muito improvável.
Na longa missiva, de três páginas, Passos Coelho critica as "insinuações irresponsáveis e sem qualquer fundamento sobre a situação real do país", que António Costa fez numa entrevista à TVI, e remata: "Se o Partido Socialista prefere discutir estas matérias enquanto futuro membro de uma coligação de governo mais alargada, que inclua, além do PSD e do CDS, o próprio PS, então que o diga também com clareza, já que nunca excluímos essa possibilidade, como é sabido."
Passos questionou o empenho de Costa nas negociações com a coligação, e desafiou-o a apresentar mais uma contraproposta objetiva com balizas: base programática e medidas concretas, e metodologia de trabalho.
A terminar, o líder do PSD diz que não pode deixar de lamentar que, "sob o pretexto de negociações que não deseja", a ação do PS ameace arrastar o País e os portugueses para a instabilidade e a ingovernabilidade. A carta de Passos sucede a outra enviada na sexta-feira por Costa, onde este critica a forma "displicente" com que o líder do PSD se apresentou nas negociações e "sem propostas". No PS, o discurso divide-se entre a prudência e a ordem para não fragilizar Costa, num fim de semana em que pouco se avançou nas negociações à esquerda.
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