Paulo Raimundo sugere vacina "com meiguice mas bem dada" para os que atacam o SNS

Aos jornalistas, o secretário-geral do PCP disse que "uma larga maioria" dos 230 deputados precisaria daquela vacina.

12 de maio de 2025 às 19:23
Paulo Raimundo em campanha na Gare do Oriente Foto: ANDRÉ KOSTERS/Lusa
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O secretário-geral do PCP visitou esta segunda-feira uma tenda do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) em Lisboa e sugeriu uma vacina, "com meiguice mas bem dada", para os que no parlamento atacam o Serviço Nacional de Saúde.

Depois de ter estado na Escola Artística António Arroio, o líder comunista voltou a encontrar "criatividade", desta feita na tenda montada pelo SEP, junto à Gare do Oriente, onde encontrou caixas de uma "vacina contra o ataque aos direitos", numa ação do Dia Internacional do Enfermeiro.

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"Quantos contentores é que tem disto?", perguntou Paulo Raimundo à enfermeira que estava junto às caixas de vacinas, que apressou-se na resposta: "A gente faz as que forem precisas".

Aos jornalistas, o secretário-geral do PCP disse que "uma larga maioria" dos 230 deputados precisaria daquela vacina.

"Uma larga maioria teria direito não a uma caixinha, mas a um contentor, e não tenho dúvida nenhuma de que os enfermeiros estavam todos disponíveis para ir lá vaciná-los", disse.

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Questionado sobre se seria para dar a vacina para deixar algum com uma nódoa negra, Paulo Raimundo afirmou que a vacina podia ser "com meiguice, mas bem dada".

Apesar de ficar tentado a fazer uma encomenda daquela vacina, o secretário-geral esclareceu que o Governo não está doente.

"Põe-nos é a todos nós doentes. Para nos curarmos, temos de mudar de política. Mas eu depois passo por cá, sem as câmaras, para levar umas caixas disto", disse.

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Na tenda para assinalar o Dia Internacional do Enfermeiro, o SEP procurava mostrar a relevância do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e o papel dos enfermeiros em vários contextos, sensibilizando para os estilos de vida e alimentação saudáveis, saúde reprodutiva e vacinação.

Pelo local, era ainda possível medir a tensão arterial, que Paulo Raimundo recusou, que poderia "disparar", tal como os "resultados" da CDU.

"Não estou com medo, mas rebenta ali com o número", disse, admitindo que teve um "pico de tensão" no sábado, à hora do jogo entre Sporting e Benfica.

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Acreditando que poderá ter outro na última jornada da Liga, Raimundo vincou que acredita sobretudo numa "alegria imensa talvez não no sábado, mas no domingo, de certeza".

"Não meço a tensão, mas vou prevenido", disse depois, quando aceitou noutra banca da tenda a oferta de preservativos.

Convidado a participar num jogo de computador criado pelo SEP para mostrar a importância do SNS, Paulo Raimundo disse que não precisava.

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"Basta-me recorrer ao Serviço Nacional de Saúde que, por diversas razões que não são as melhores, tenho recorrido muito e não há palavras que paguem isso, que paguem a gratidão, a entrega", sublinhou.

Ainda antes de chegar à tenda, Paulo Raimundo foi abordado por Maria Rosa, a queixar-se de sair à meia-noite do trabalho num centro comercial e sempre "sem nada na carteira".

"Os descontos são muitos e casas para viver não há. Estou a viver num quarto a pagar 600 euros, trabalho aqui todos os dias e o que se leva para casa? Nada. Dói. É muito doloroso", disse a mulher, que esperava que Paulo Raimundo ganhasse para ver se algo é feito "pelos pobres".

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"Eles metem o povo na boca, mas depois esquecem-se do povo no dia a seguir", respondeu o secretário-geral à mulher, que seguiu caminho para mais um dia de trabalho.

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