Paulo Rangel garante que informações sobre portugueses na Venezuela são tranquilizadoras
Ministro afirma que não existiram pedidos de regresso a Portugal relacionada com a tensão vivida entre os Estados Unidos e a Venezuela.
O ministro dos Negócios Estrangeiros garantiu, esta segunda-feira, que "as informações em relação à comunidade portuguesa [na Venezuela] são perfeitamente, neste momento, tranquilizadoras".
"Não há nenhuma notícia que possa, em qualquer caso, ser perturbadora para a comunidade portuguesa, portanto, a situação está perfeitamente calma e normalizada", assegurou Paulo Rangel, afirmando não existirem pedidos de regresso a Portugal relacionada com a tensão vivida entre os Estados Unidos e a Venezuela.
"Como é evidente desde que começou este processo mais conturbado de tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela, que nós estamos a dar uma atenção muito particular à nossa comunidade, e nos últimos dias ainda mais, até agora, sinceramente, seja com a rede consular, seja através da embaixada, que tem vindo a concentrar todos esses esforços", explicou o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, que falava à margem da 7.ª Cimeira União Africana - União Europeia, que decorre na capital angolana.
Rangel sublinhou que, "com esta suspensão de voos, que (...) ainda não é sequer generalizada, possa vir a acontecer que pessoas que estavam a pensar voltar (...) possam vir a ter alguma dificuldade suplementar, e ter de o fazer por outras vias, mas até este momento não há nada digno de registo ou que esteja relacionado com esta situação".
Desde agosto, que Washington mantém uma importante presença militar na zona, com destaque para meia dúzia de navios de guerra, oficialmente para combater o tráfico de droga com destino aos Estados Unidos.
Nas últimas semanas, os Estados Unidos realizaram cerca de 20 ataques aéreos nas Caraíbas e no Pacífico contra embarcações que acusam -- sem apresentar provas - de transportar droga, causando mais de 70 mortos. A Venezuela acusa Washington de usar o pretexto do narcotráfico "para impor uma mudança de regime" em Caracas e apoderar-se do seu petróleo.
A TAP cancelou mesmo alguns voos, na sequência da informação das autoridades aeronáuticas dos Estados Unidos sobre a situação de segurança no espaço aéreo do país. Outras seis companhias aéreas também cancelaram voos para a Venezuela, após os Estados Unidos terem alertado a aviação civil para um "aumento da atividade militar" no âmbito do envio de forças norte-americanas para as Caraíbas.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt