PCP diz ser "ainda mais evidente" necessidade do Aeroporto de Beja
Partido afirma que aeroporto alentejano "tem todas as condições para responder às necessidades do expectável acréscimo de tráfego aéreo nos próximos 10 anos".
O PCP no Alentejo defendeu esta sexta-feira que a escolha de Alcochete como localização para o novo aeroporto da região de Lisboa "torna ainda mais evidente a necessidade" de incluir o Aeroporto de Beja na rede aeroportuária nacional.
Em comunicado divulgado esta sexta-feira, a Direção Regional do Alentejo (DRA) do PCP considerou que a decisão anunciada pelo Governo da AD, "designadamente com o prazo que é apresentado", requer o aproveitamento do aeroporto já construído e em operação nas imediações da cidade de Beja.
A escolha do executivo de Luís Montenegro "torna ainda mais evidente a necessidade de o Aeroporto de Beja ser verdadeiramente incluído na rede aeroportuária nacional, nomeadamente para dar resposta imediata às necessidades de transporte de passageiros, com o aproveitamento de todas as suas potencialidades", pode ler-se.
Para a estrutura comunista, "só a subserviência aos já de si escandalosos lucros da concessionária Vinci poderão justificar milhões e milhões de despesa pública no alargamento de um Aeroporto que será desativado", ou seja, o Aeroporto Humberto Delgado.
Ao invés disso, deveria ser aproveitado, durante a fase de construção do novo Aeroporto de Lisboa, "infraestruturas aeroportuárias já existentes, como é o caso do Aeroporto de Beja", sublinhou.
O aeroporto alentejano "tem todas as condições para responder às necessidades do expectável acréscimo de tráfego aéreo nos próximos 10 anos, sem necessidade de se alargar o Aeroporto Humberto Delgado", defendeu a DRA.
E o Aeroporto de Beja pode também "afirmar-se como uma importante infraestrutura aeroportuária complementar" ao novo aeroporto, caso sejam "concretizados alguns investimentos em acessibilidades", acrescentou.
No comunicado, o PCP reclamou o avanço, "de uma vez por todas", com "a melhoria, qualificação e aumento de capacidade de receção de passageiros do Aeroporto de Beja", permitindo, assim, "poupar vários milhões de euros ao Estado" e garantir investimentos para o futuro que "não são destruídos com o encerramento do Aeroporto Humberto Delgado".
Outras das exigências dos comunistas passam por "um sério investimento na rodovia na região, corrigindo-se atrasos escandalosos", por exemplo, com a conclusão do IP8 na sua totalidade, entre Sines e Vila Verde de Ficalho e a adjudicação das obras para a conclusão do IP2 em todo o seu traçado no Alentejo, assim como adequar os acessos ao aeroporto.
A "modernização das vias ferroviárias na região" e o "aproveitamento das potencialidades do transporte ferroviário para o rápido e fiável" acesso ao aeroporto é outra das metas reclamadas pelo PCP, assim como a eletrificação da Linha Alentejo, entre Casa Branca e Beja e entre Beja e Funcheira, incluindo a construção de uma variante ao aeroporto, entre outras medidas.
O PCP expressou também o desejo de que "as medidas agora anunciadas" pelo Governo "venham de facto a ser concretizadas e que não se venham a revelar mais um anúncio sem consequências práticas".
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