PCP diz não sentir "instabilidade nenhuma"
Em causa as negociações com PS.
O líder parlamentar do PCP, João Oliveira, disse esta sexta-feira que o partido não sente "instabilidade nenhuma" nas negociações com o PS, e reiterou que os comunistas pretendem através das suas políticas responder às necessidades dos portugueses.
"Da nossa parte não sentimos instabilidade nenhuma na discussão que temos estado a fazer e continuamos a fazer de forma séria e aprofundada procurando encontrar as políticas que respondam à situação do país", vincou João Oliveira em declarações aos jornalistas no parlamento.
O comunista falava no dia em que Pedro Passos Coelho foi empossado primeiro-ministro do XX Governo Constitucional numa cerimónia no Palácio da Ajuda, em Lisboa.
"Diferenças de perspetiva"
Para o PCP, é natural existirem "diferenças de perspetiva" face ao PS nas negociações para a viabilização de um executivo de esquerda, mas os encontros com os socialistas têm decorrido "sem instabilidade e sem perturbação".
"A durabilidade de qualquer solução governativa resulta das opções políticas que sejam feitas", sustentou o líder parlamentar comunista, que se escusou a apontar uma preferência sobre uma moção de rejeição autónoma do PCP ou em conjunto com outras forças políticas.
Sobre a tomada de posse desta manhã, João Oliveira lançou críticas ao chefe de Estado e sublinhou as suas responsabilidades pela atual situação política.
"É cada vez mais clara a extensão e dimensão da responsabilidade [de Cavaco] pela instabilidade que criou no país ao decidir indigitar Passos Coelho para formar Governo", advogou o parlamentar comunista.
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