Pedro Nuno quer excedente para “investir no povo”
Candidato do PS aposta no Norte. Esta segunda-feira é dedicada ao tema da ferrovia.
Minutos antes de o líder do PS, Pedro Nuno Santos, chegar às Caxinas e de anunciar que quer investir o excedente orçamental no povo, no café da rua o sentimento é de suspeição. "Vai fazer o quê? Milagres? Dizem todos o mesmo", atira a funcionária do outro lado do balcão.
Lá fora chega a comitiva do PS. A música é outra, principalmente depois de António Costa ter aparecido na campanha. "Há uma força incrível. Este povo sabe onde está o caminho certo", disse Pedro Nuno Santos, antes de ser levado em ombros até a um palco improvisado. Ali, recordou que o PS conseguiu "ter excedente" orçamental e apontou dois caminhos: ou gastar "com quem não precisa, com os bancos", ou "investir no povo", rematou. Ao seu lado durante o dia teve dois ministros: Manuel Pizarro e José Luís Carneiro. "O efeito Costa ajuda muito porque as pessoas reveem-se", disse ao CM o ministro da Saúde.
Das ruas das Caxinas seguiu para Guimarães e à tarde esteve em Vizela. Foi em Guimarães que os ânimos se exaltaram. Um homem, de uma varanda, provocou a caravana com gestos insultuosos. Foram trocados objetos: chapéus de chuva e um vaso. Algo que não parou Pedro Nuno. O candidato socialista disse que as "visões diferentes devem ser partilhadas com respeito pelos outros".
À noite, o palco foi partilhado com o ex-adversário interno, em Braga. Carneiro recordou que há dois anos estavam "longe de imaginar" que o PS caminhava "para uma maioria absoluta". "Vamos ganhar", atirou. Pedro Nuno, o homem dos comboios, não desiste. "Não sabem o que é um comboio", ironiza, para mostrar obra feita na linha do Minho. Agora há "carruagens que disseram ser sucata" que estão "como novas, a servir a população", rematou. D.C.
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