Pedro Nuno Santos afirma que "Cavaco Silva, 13 dias antes do BES cair, disse que estava tudo bem"

Em causa está uma declaração do antigo Presidente da República que defendeu que Montenegro foi alvo de uma "campanha de suspeitas e insinuações".

05 de maio de 2025 às 21:37
Pedro Nuno Santos Foto: Estela Silva/Lusa
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O líder do PS recordou esta segunda-feira que, 13 dias antes da queda do BES, Cavaco Silva "disse que estava tudo bem" com o banco, ao comentar um artigo do antigo Presidente da República a defender Luís Montenegro.

À entrada para o comício da campanha para as legislativas, em Viseu, Pedro Nuno Santos foi questionado pelos jornalistas sobre o artigo de Cavaco Silva esta segunda-feira publicado no Observador, no qual defendeu que o primeiro-ministro foi alvo de uma "campanha de suspeitas e insinuações" da oposição e de "alguma comunicação social".

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"Eu lembro que Cavaco Silva, 13 dias antes de o BES cair, disse que estava tudo bem", respondeu apenas e em movimento enquanto se dirigia para o anfiteatro onde decorre o comício.

Sobre as acusações do primeiro-ministro, esta manhã no debate das rádios, de que Pedro Nuno Santos fez um "re-styling" para esta campanha e que agora estava a aparecer na última semana nos debates, o líder do PS respondeu: "eu sou genuíno, eu sou aquilo que as pessoas veem. Luís Montenegro não é".

"[Estas acusações são] de um homem que não está de forma séria na política, que está habituado a mentir e a enganar as pessoas e acha que são todos iguais. Eu não engano ninguém, eu sou genuíno, sou transparente", assegurou.

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O antigo Presidente de República Aníbal Cavaco Silva defendeu esta segunda-feira que o primeiro-ministro foi alvo de uma "campanha de suspeitas e insinuações" da oposição e de "alguma comunicação social", centrada "em boa parte" na devassa da sua vida privada.

Num artigo de opinião publicado no jornal 'online' Observador, Cavaco Silva reiterou ainda a defesa da postura ética e moral do primeiro-ministro e presidente do PSD, Luís Montenegro, assim como da sua superioridade técnica e política relativamente aos outros líderes partidários e estabeleceu um paralelismo entre a moção de confiança chumbada pelo parlamento e a que ele próprio também apresentou, mas que foi aprovada em 1986.

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