Portugal condena ataque israelita a Doha
"Reforçamos que a prioridade é o cessar-fogo imediato", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O Governo português condenou, esta terça-feira, o ataque israelita em Doha, que considerou violar a soberania do Qatar e aumentar o "risco de escalada de violência na região".
"Reforçamos que a prioridade é o cessar-fogo imediato e a libertação dos reféns. A solução de dois Estados é essencial para uma paz estável", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, numa publicação na rede social X.
Outros países europeus, como França, Reino Unido, Alemanha e Espanha também condenaram, esta terça-feira, o bombardeamento em Doha, que provocou a morte de pelo menos seis pessoas, cinco das quais do Hamas e de um polícia do Qatar.
O filho do negociador principal do Hamas, Khalil al-Hajjah, e o seu chefe de gabinete estão entre as vítimas, bem como três guarda-costas, segundo o movimento islamita palestiniano. O Qatar também denunciou a morte de um polícia e vários feridos entre as forças de segurança.
O ataque israelita procurava visar os altos funcionários do Hamas que participam nas negociações de cessar-fogo na Faixa de Gaza com Israel.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que este ataque foi uma resposta ao atentado de segunda-feira em Jerusalém em que dois palestinianos da Cisjordânia ocupada mataram a tiro seis pessoas numa paragem de autocarro.
O atentado foi reividicado, esta terça-feira, pelo braço armado do Hamas, as Brigadas al-Qasam.
O ataque também surge após o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, ter afirmado que Israel aceitou a proposta de cessar-fogo dos Estados Unidos que prevê a libertação de todos os reféns israelitas.
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