PPM propõe prémio de 750 euros para alunos que ingressem no ensino superior
Partido reuniu com uma associação de estudantes para discutir medidas que ajudem na formação e valorização da juventude.
A candidatura do PPM às eleições regionais de domingo na Madeira considerou esta quarta-feira ser crucial apoiar os jovens na sua formação, propondo um prémio de mérito de 750 euros para os alunos que ingressem no ensino superior.
O partido esteve esta quarta-feira na Escola Secundária Jaime Moniz, no Funchal, onde reuniu com a associação de estudantes para discutir medidas que ajudem na formação e valorização da juventude.
Em comunicado, o PPM destacou um conjunto de propostas do partido, entre as quais a atribuição de um prémio de mérito no valor de 750 euros para quem entrar no ensino superior e a elaboração de um plano estratégico que incentive a "formação e a criação de emprego em áreas emergentes, como a transição digital, a economia circular, a economia azul, a transição ecológica e a robótica".
O PPM, cuja candidatura é encabeçada por Paulo Brito, sugeriu também a identificação de todas as necessidades de quadros qualificados da administração pública nos próximos anos para que os jovens sejam formados nessas áreas e possam preencher as vagas entretanto abertas.
"Tenha-se em conta que mais de 50% dos quadros da administração regional terão de ser substituídos nos próximos 10 anos", alertaram os monárquicos na mesma nota.
O partido defendeu igualmente um sistema universal de educação bilingue, em português e inglês, do pré-escolar ao ensino secundário, e espaços nas escolas para que os estudantes possam desenvolver aptidões e vocações profissionais.
O incentivo a que os jovens madeirenses se fixem na Madeira é outra das prioridades do PPM, que propôs apoio na transição entre o percurso académico e profissional, com estágios e projetos, assim como o pagamento das propinas e do IRS (Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares) para os jovens que se comprometam a trabalhar na Madeira durante, pelo menos, cinco anos.
As legislativas da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.
As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) -- e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.
O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS-PP dois. PAN e IL têm um assento cada e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).
Após as eleições do ano passado, também antecipadas, o PSD fez um acordo de incidência parlamentar com o CDS-PP, insuficiente, ainda assim, para a maioria absoluta.
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