Programa de Governo sem votação

O programa de Governo não teve qualquer voto de confiança ou de rejeição no Parlamento como já era expectável. No final do debate de dois dias, o presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, concluiu esta sexta-feira os trabalhos com uma declaração a registar um Parlamento "plural" e fiscalizador da actividade do Executivo socialista.

06 de novembro de 2009 às 13:27
Programa de Governo sem votação Foto: D.R.
Partilhar

A oposição avisou o Executivo que não se deixa chantagear pelo seu discurso e o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, usou boa parte dos trinta minutos de intervenção para criticar o PSD, sublinhando que a sucessão de lideranças acaba por resultar num 'factor de instabilidade'.

Na réplica, o presidente do grupo parlamentar do PSD, Aguiar Branco, classificou as referências ao seu partido de 'chavões esgotados'. 

Pub

Mas se o debate foi um medir de forças entre PS e oposição, com intervenções a recordar que a verdadeira maioria absoluta está, agora, no Parlamento, o processo 'Face Oculta' acabou por dominar as atenções.

Ao contrário de outras ocasiões, o primeiro-ministro, José Sócrates,  não se escudou na divisão entre política e justiça e assumiu não só que é amigo de Armando Vara, como lhe liga várias vezes.

Nas intervenções de encerramento do debate ninguém falou deste processo em concreto ao contrário do primeiro dia de discussão, mas PCP, Bloco de Esquerda e PSD vão recuperar parte do pacote anti-corrupção de João Cravinho, designadamente, o projecto de criminalização do enriquecimento ílícito.

Pub

Do lado do PSD, Aguiar Branco não adiantou quando irá apresentar o seu pacote de medidas nas quais se inclui o projecto que já mereceu critícas do vice-presidente social-democrata, Rui Rio.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar