PS quer saber se Portugal vai integrar operação da NATO a leste e com que meios
Grupo parlamentar do PS questiona se Portugal vai integrar esta iniciativa da NATO, que visa reforçar a presença dos aliados no flanco leste.
O grupo parlamentar do PS questionou esta sexta-feira o ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, sobre se Portugal vai ou não integrar a operação da NATO intitulada "Sentinela Oriental" e com que meios.
Numa pergunta dirigida ao centrista Nuno Melo, o grupo parlamentar do PS questiona se Portugal vai integrar esta iniciativa da NATO, que visa reforçar a presença dos aliados no flanco leste, e qual será o eventual grau de envolvimento das Forças Armadas portuguesas em meios e capacidades.
Esta operação foi anunciada pelo secretário-geral da NATO, Mark Rutte, no dia 12 de setembro e, assinala o PS no documento, surgiu "num momento em que as provocações da Federação Russa a países da Aliança, como a Polónia, atingem níveis absolutamente inaceitáveis, imprudentes e perigosos -- como é exemplo a reiterada violação do espaço aéreo da Polónia por drones russos".
"O momento exige determinação, dissuasão e um reforço da postura dos aliados perante as reiteradas irresponsabilidades da Federação Russa", lê-se no texto, subscrito pelo líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias.
A bancada socialista salienta que "vários países aliados" já começaram a anunciar "o destacamento de forças e de capacidades para esta missão", dando como exemplo a Dinamarca, que "contribuirá com dois F-16 e uma fragata", a França "com três [caças] Rafales" e a Alemanha "com quatro Eurofighters".
"O Reino Unido também expressou a sua disponibilidade para apoiar estas forças, que entre outras, irão reforçar as forças aliadas já existentes", lê-se.
Os deputados do PS recordam que no passado dia 15, o ministro da Defesa assegurou que Portugal está preparado para reforçar a presença no leste da Europa "se houver necessidade", garantindo que o esforço português na NATO está alinhado com as decisões dos aliados e as possibilidades do país.
"Se houver necessidade de reforçar aquilo que é a presença atual, disso daremos conta," disse na altura Nuno Melo.
Para o PS, o reforço de capacidades de Defesa "e a sua alocação ao esforço coletivo de defesa do continente europeu são um imperativo, só possível de atingir com um amplo apoio político e social", considerando que "a construção desse apoio obriga a que exista informação, fundamentação, transparência e debate sobre as opções fundamentais a tomar".
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt