PS e PSD em queda

Se as eleições legislativas fossem esta quarta-feira, o PS ganhava, com mais sete pontos percentuais, mas muito longe de uma maioria absoluta. O partido de António Costa não descola, apesar da recente polémica sobre a carreira contributiva do adversário, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

Segundo uma sondagem da Aximage para o Correio da Manhã,  o PS obtém 36,1 por cento dos votos, contra o PSD que fica abaixo da fasquia dos 30 por cento. Mas PSD e CDS juntos garantem 35 por cento, uma margem mínima contra António costa, que completa cem dias de liderança do PS.

A polémica sobre as dívidas à Segurança Social e ao Fisco do primeiro-ministro começa a ter efeito com a sondagem realizada entre os dias 3 e 6 de março, depois do caso ter sido tornado público.

Mas, os números não serão alheios a outra polémica, a do discurso de António Costa perante investidores chineses a defender que o País está melhor do em 2011, ano de governação socialista.

O líder do PS mantém o primeiro lugar na confiança para chefe do Governo, mas perde pontos: Em Março, Costa somou 44,6 por cento. Agora tem 42,8 por cento. Do lado oposto, Passos Coelho mantém-se em queda com 35,5 por cento.

Feitas as contas, só o CDS parece não sido ter beliscado com polémicas: passou dos 5,3 para os 6,1 por cento, entre fevereiro e março.

A CDU é a grande vencedora ao subir dos 9,2 para os 10,7 por cento.

À Esquerda, Bloco de Esquerda, PDR e Livre não sofrem grandes oscilações.

Ficha Técnica

Universo: indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais em Portugal com telefone fixo no lar ou possuidor de telemóvel.

Amostra: aleatória e estratificada (região, habitat, sexo, idade, escolaridade, actividade e voto legislativo) e representativa do universo e foi extraída de um sub-universo obtido de forma idêntica. A amostra teve 600 entrevistas efectivas: 275 a homens e 325 a mulheres; 99 no Interior Centro Norte, 163 no Litoral Centro Norte, 90 no Sul e Ilhas, 171 em Lisboa e Setúbal e 77 no Grande Porto; 149 em aldeias, 209 em vilas e 242 em cidades. A proporcionalidade pelas variáveis de estratificação é obtida após reequilibragem amostral.

Técnica: Entrevista telefónica por C.A.T.I., tendo o trabalho de campo decorrido nos dias 3 a 6 de Março de 2015, com uma taxa de resposta de 81,3%.

Erro probabilístico: Para o total de uma amostra aleatória simples com 600 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,020 (ou seja, uma "margem de erro" - a 95% - de 4,00%).

Responsabilidade do estudo: Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direcção técnica de Jorge de Sá e de João Queiroz.