PSD e CDS dizem que na coligação de Moedas "não há radicais" e IL promete exigência
Hugo Soares defendeu que coligação pretende ser "muito mais do que os partidos que a representam", agradecendo aos "muitos independentes" que apoiam Carlos Moedas.
O secretário-geral do PSD defendeu esta quarta-feira que "não há radicais" na coligação autárquica em Lisboa com o CDS e a IL, enquanto Telmo Correia avisou que o adversário principal será "o PS antigo, da geringonça na sua pior versão".
Na cerimónia de assinatura do acordo de coligação entre PSD/CDS/IL em Lisboa, candidatura encabeçada pelo atual autarca Carlos Moedas, que decorreu na Fábrica de Unicórnios, os representantes dos três partidos discursaram ainda antes de serem conhecidos os termos concretos do entendimento entre os três partidos.
Pelo PSD, o secretário-geral, Hugo Soares, defendeu que esta coligação pretende ser "muito mais do que os partidos que a representam", agradecendo aos "muitos independentes" que apoiam Carlos Moedas, e procurou vincar as diferenças para a coligação encabeçada por Alexandra Leitão que junta PS, Livre, BE e PAN, embora sem a nomear.
"Nós sabemos que esta é uma candidatura moderna, que é uma candidatura que tem preocupações que são transversais e que é uma candidatura que faz. Eu queria dizer com todas as letras, aqui não há radicais, aqui só há gente de bom senso, gente moderada que quer continuar a construir Lisboa", afirmou.
Na mesma linha, mas de forma mais direta, o vice-presidente do CDS-PP Telmo Correia deixou um aviso de que o principal adversário da coligação "Por ti, Lisboa" não é "o PS de nova roupagem, aparentemente mais sensato e moderado".
"É o antigo, o anterior, o da geringonça na sua pior versão. É um PS, é um PS unido à extrema-esquerda mais radical", afirmou.
Já o vice-presidente da IL Mário Amorim Lopes, o novo parceiro da coligação encabeçada pelo atual presidente da Câmara, afirmou que os outros partidos e os lisboetas poderão contar "com toda a lealdade e sentido de responsabilidade" por parte dos liberais, mas também com a sua exigência, nomeadamente nas nomeações.
"Lisboa tem de ser o farol da eficiência, da transparência", afirmou.
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