Raimundo diz que Ventura é mais um candidato presidencial que rasga a Constituição
"Mais um que não só rasga, como cospe, utilizando toda a artilharia pesada, a mentira, a demagogia", acusou o secretário-geral do PCP.
O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, considerou hoje que o líder do Chega, André Ventura, é mais um candidato a Presidente da República que rasga a Constituição, utilizando a "mentira e a demagogia".
"Como já havia poucos candidatos que, por vontade deles, rasgavam a Constituição, aparece mais um", declarou Paulo Raimundo, interrogado sobre o anúncio feito esta tarde por André Ventura.
"Mais um que não só rasga, como cospe, utilizando toda a artilharia pesada, a mentira, a demagogia", acusou, considerando que existem agora "razões acrescidas para reforçar e apoiar António Filipe", o candidato comunista a Presidente da Republica.
O secretário-geral comunista falava aos jornalistas no Funchal, após uma sessão pública organizada pela Coligação Democrática Unitária (PCP/PEV) na reitoria da Universidade da Madeira, focada nas autárquicas de 12 de outubro.
Por outro lado, sobre as reuniões do Chega e da IL com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, na quarta-feira, e com o PS, na quinta-feira, sobre o Orçamento do Estado para 2026, Paulo Raimundo rejeitou que o PCP tenha ficado "de fora" e assegurou que "participará em todas as reuniões que o governo entender".
"Não ficamos de fora. Não alimentamos é ilusões, se o PS e o Chega estão na disputa, às cotoveladas, a ver quem é que é o favorito do Governo para discutir um orçamento que vai ser negativo, que é um orçamento na continuidade do programa do Governo, isso é uma coisa que o PS e o Chega vão ter de explicar depois", apontou.
O líder comunista disse ainda não ter "nenhuma ilusão" sobre as opiniões de Luís Montenegro, que acusou de estar "profundamente alinhado com o PS e com o Chega" e reconheceu que há "muito poucas pontes" entre o PCP e o chefe do governo.
"Luís Montenegro quer apertar a vida da maioria, veja-se o pacote laboral que está em discussão. Mais precariedade, mais desregulação dos horários, despedimentos de justa causa, é isto que está na mente do Luís Montenegro, nós não queremos isso", reforçou.
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