Raimundo ironiza que F-35 não são para "apagar incêndios" e acusa PM de "trapalhada"
N sexta-feira, o PCP requeriu uma audição parlamentar urgente dos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa sobre esta matéria.
O secretário-geral do PCP acusou este sábado o primeiro-ministro de "trapalhada", considerando que, se acha que aviões F-35 não são de guerra, é porque "está tudo ao contrário", ironizando que certamente não servem para apagar incêndios.
Em declarações aos jornalistas durante uma arruada em Lisboa, Paulo Raimundo reagiu às declarações do primeiro-ministro que, este sábado de manhã, afirmou que "o Governo não interveio em nenhum ato" que possa ser entendido como venda de armamento militar a Israel, na escala das aeronaves F-35 dos Estados Unidos nas Lajes, destinados a Israel.
"É uma trapalhada, é tudo uma trapalhada. Quando o primeiro-ministro diz que F-35 não são aviões de guerra, nem de combate... Há uma coisa que sabemos: não são aviões para apagar os incêndios em Portugal, nem em Israel, nem nos Estados Unidos. Bem precisávamos", ironizou Paulo Raimundo.
O secretário-geral do PCP considerou que, quando se considera que os F-35 não são "de guerra, nem de combate, é porque está tudo ao contrário", mas salientou que, apesar de tudo, isso é a "questão menor".
"A que nós colocámos desde o princípio foi esta: é que houve aviões que aterraram num Estado soberano, que foi o nosso, e que não deram 'um chavo' a ninguém. Ora, isso não pode acontecer", criticou.
Para Paulo Raimundo, "o primeiro-ministro agora pode continuar a dar os tiros nos pés que quiser, o ministro da Defesa pode transferir responsabilidades para o ministro dos Negócios Estrangeiros, pode haver comunicado dos Negócios Estrangeiros a dizer que a culpa é da Defesa", mas "a trapalhada mantém-se".
"E precisa de ser esclarecida", defendeu Paulo Raimundo, depois de, esta sexta-feira, o PCP ter requerido uma audição parlamentar urgente dos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa sobre esta matéria.
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