Ricardo Salgado deixa a prisão domiciliária

Ex-presidente do BES fica sujeito a uma caução de um milhão e meio de euros.

11 de dezembro de 2015 às 16:31
Ricardo Salgado, Carlos Alexandre, BES,Tribunal da Relação de Lisboa, País Foto: José Manuel Ribeiro/Reuters
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Ricardo Salgado deixou de estar em prisão domiciliária, esta sexta-feira.

O ex-presidente do BES pagou uma caução de um milhão e meio de euros e vai ficar em liberdade. Salgado fica proibido de sair do país e de contactar com os restantes arguidos do processo.

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Salgado, que tem todos os bens arrestados, continua ainda a ter outra caução, igualmente de um milhão e meio de euros, referente ao processo Monte Branco.

Tribunal reduziu de 3 milhões para 1,5 milhões euros caução

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) esclareceu esta sexta-feira que o Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) reduziu de três para 1,5 milhões de euros a caução imposta a Ricardo Salgado no âmbito do processo "Universo Espírito Santo".

Numa nota, a PGR esclarece que a redução da caução foi decidida pelo TCIC na sequência da proposta do Ministério Público (MP).

"Anteriormente, o juiz de instrução já tinha decidido reduzir de 3 milhões de euros para 1,5 milhões de euros a caução a que Ricardo Salgado se encontrava sujeito no âmbito do processo Monte Branco. Na mesma altura, determinou que o valor de 1,5 milhões de euros resultante dessa redução fosse afeto à caução fixada ao arguido no âmbito das investigações relacionadas com o denominado "Universo Espírito Santo", refere a nota.

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Assim, encontrando-se prestada a caução imposta ao arguido nestes últimos autos, e na decorrência do decidido em sede de revisão das medidas de coação, o arguido deixa de estar sujeito à obrigação de permanência na habitação, acrescenta a nota da PGR.

Segundo a PGR, Ricardo Salgado encontra-se sujeito a apresentações periódicas no órgão de polícia criminal mais próximo da residência, a proibição de contactos, designadamente com os restantes arguidos no processo, e à proibição de se ausentar para o estrangeiro sem prévia autorização.

Além do ex-presidente do Banco Espírito Santo (BES), foram também constituídos arguidos na investigação ao "Universo Espírito Santo" Isabel Almeida, ex-diretora financeira do BES, que foi "braço direito" do antigo administrador Morais Pires, António Soares, ex-diretor do BES Vida, Pedro Luís Costa, ex-administrador do Espírito Santo Ativos Financeiros, José Castella, antigo responsável pela tesouraria do Grupo Espírito Santo, e Cláudia Boal de Faria, que pertenceu à área de vendas e estruturação do BES, responsável pela área da poupança do Novo Banco.

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Em causa na investigação ao "Universo Espírito Santo" estão suspeitas de falsificação, falsificação informática, burla qualificada, abuso de confiança, fraude fiscal, corrupção no setor privado e branqueamento de capitais.

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