Rio quer contas sem buraco e País descentralizado

Candidato à liderança do PSD usa exemplo dos incêndios para dizer que um Estado grande não funciona.

28 de dezembro de 2017 às 14:37
Rui Rio fez questão de frisar a experiência autárquica para dizer que só governa bem quem conhece a realidade local Foto: Lusa
Rui Rio fez questão de frisar a experiência autárquica para dizer que só governa bem quem conhece a realidade local Foto: Lusa

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Rui Rio, candidato à liderança do PSD, apresentou as linhas estratégicas para chegar à presidência do partido, mas o discurso foi todo ele virado para o País: nem que Bruxelas queira o contrário, o ex-autarca do Porto quer pôr as contas públicas em ordem e insiste na descentralização.

"Esta é uma das diferenças, já à partida, entre mim e o atual Governo. O atual Governo, se Bruxelas deixasse, não sei onde é que isto já ia. Se for primeiro-ministro, Bruxelas pode fazer o que entender que nós vamos pôr as nossas contas em ordem", garantiu Rio perante várias dezenas de militantes sociais-democratas em Leiria. O ex-autarca frisou a necessidade de reduzir a dívida e de dar condições às empresas para que suba o investimento, sobretudo a nível fiscal.

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Sobre o papel do Estado, Rio afirmou que "hoje em dia a governação nacional é pequena demais para resolver os grandes problemas mundiais e grande demais para resolver os problemas quotidianos", sublinhando que um Estado grande é "um Estado que defende pior os cidadãos". "Se olharmos para a incapacidade de socorrer as pessoas nos incêndios e para o assalto a Tancos temos dois exemplos do que este Estado centralista não cuidou bem do que só ele pode cuidar."

Eleições a 13 de janeiro

Rui Rio e Santana Lopes vão a votos a 13 de janeiro. O Conselho Nacional marcou o congresso de 16 a 18 de fevereiro.

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70 mil escolhem novo líder

No total, cerca de 70 mil sociais-democratas estão em condições de votar depois de terem regularizado as quotas (um euro por mês) nas últimas semanas.

"Lufada de ar fresco"

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Rui Rio ironizou com o calor que se fazia sentir na sala em que fez a apresentação. Pediu que ligassem o ar condicionado, dizendo ser "a primeira lufada de ar fresco" de que o PSD precisa.

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