Rui Rio disponível para discutir plano de grandes investimentos sem esquecer pequenos

Presidente do PSD aceita o repto do Governo para a promoção de um consenso alargado em torno do próximo Plano Nacional de Investimentos.

09 de janeiro de 2019 às 19:52
Rui Rio Foto: Lusa
Rui Rio
Rui Rio Foto: Lusa

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O presidente do PSD, Rui Rio, mantém-se fiel à disponibilidade para acordos de regime e aceita dialogar com o Governo e os outros partidos "matérias estruturantes para Portugal", designadamente o Programa Nacional de Investimentos 2030. O presidente do PSD avisa, porém, que esta disponibilidade terá de ser "sempre em nome do interesse nacional", o que significa que Rio está indisponível para "colaborar numa lista de obras [públicas]" - "para isso não podem contar com o PSD. Quando ainda decorria a reunião da Comissão Política Nacional do PSD, o líder social-democrata deu uma conferência de imprensa em que criticou a forma como o Governo está a gerir todo o processo deste plano de grandes investimentos e em que apontou as prioridades do partido sobre esta matéria.

Rui Rio lembra que "é preciso ter em atenção alguns pequenos investimentos que possam ter grande efeito multiplicador sobre investimentos grandes já realizados ou a realizar". Ou seja, Rio aceita negociar grandes investimentos desde que tal não implique descurar pequenos investimentos capazes de ter "efeitos muito positivos" para a economia e as pessoas como na "ferrovia ou nas estradas".

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No entanto, Rio frisa que "não há necessidade para grandes pressas" para avançar com este plano, desde logo porque "há um programa para executar", chamado PETI3+. Desse programa falta executar 80%, criticou Rio não percebendo a urgência em avançar com um novo plano. O presidente do PSD referiu que o PETI3+ tem uma execução média anual de 300 milhões de euros e notou que a proposta do Governo de investimentos de 20 mil milhões em 10 anos implica um investimento 6,6 vezes superior ao conseguido no programa ainda em curso.

Como tal, Rio teme que o factor impulsionar deste novo programa seja o clima pré-eleitoral e deixa um par de questões: "qual a razão para este falhanço do Governo em investimentos públicos? Quais as fontes de financiamento?" 

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Já este ano, o primeiro-ministro António Costa defendeu a importância de "grandes consensos nacionais" e, nesse sentido, disse sustentou a necessidade de que o próximo plano de grandes investimentos públicos mereça apoio de pelo menos dois terços no Parlamento, o que implica o suporte do PSD.

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