Secretas trocam informações com empresas
Explicação foi dada por ex-chefe de estação do SIED em Moscovo.
As secretas trocam informações com empresas, consideradas estratégicas para os interesses nacionais do País, e usam-nas para colocar elementos em países estrangeiros onde é preciso recolher informações.
A explicação foi dada esta quinta-feira por Heitor Romana, professor catedrático ex-chefe de estação do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) em Moscovo, no julgamento de Jorge Silva Carvalho, o ex-super espião acusado de controlar registros telefónicos de um jornalista e que responde pelos crimes de violação do segredo de Estado, abuso de poder e corrupção.
O professor explicou ainda que há autonomia da parte dos diretores de serviço para determinarem que empresas é que podem ser usadas para essas finalidades.
Heitor Romana também explicou que as fontes humanas dos espiões podem receber algo em troca de informações. Segundo o professor, que salientou sempre que tudo o que estava a explicar estava em dezenas de livros sobre as secretas e acessíveis ao público em geral, as ofertas podem ir desde dinheiro a favores de, por exemplo, colocar um filho numa determina faculdade até a computadores ou máquinas fotográficas. Sendo que, a coação das fontes com recurso a chantagem também pode ser uma pratica dos espiões caso as fontes não queiram colaborar de forma voluntária.
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