PS alarga vantagem sobre PSD nas intenções de voto

Partido de António Costa regressa aos valores alcançados no início do ano, embora ainda longe da maioria absoluta.

19 de julho de 2019 às 01:30
António Costa Foto: Reuters
António Costa no debate de legislatura no parlamento Foto: Lusa
Governo de António Costa Foto: Lusa
António Costa no debate de legislatura no parlamento Foto: Lusa

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O Partido Socialista disparou nas intenções de voto, alcançando o segundo maior resultado deste ano (37,5%), segundo a última sondagem da Aximage para o CM, relativa ao mês em curso. Só em janeiro (37,7%) o PS obteve valores tão elevados, não tendo chegado à fasquia dos 37% nos meses seguintes. 

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Sendo certo que continua distante da maioria absoluta, a percentagem obtida este mês permite-lhe equacionar outras opções de geringonça: só com o BE ou a CDU e, quem sabe até, apenas com o PAN.

O partido Pessoas-Animais - -Natureza perdeu um pouco a embalagem adquirida nas eleições Europeias, sofrendo uma ligeira queda relativamente a junho (passou de 4,2% para 4%), mas mantém uma percentagem que lhe abre boas perspetivas quanto a uma possível coligação com o Partido Socialista.

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Se à esquerda as variações são pouco significativas (o BE sobe de 9% para 9,4%, e a CDU desce de 6,9% para 6,8%), o barómetro político deste mês deve fazer soar o alarme, tanto no PSD como no CDS. O partido de Rui Rio apresenta uma ligeira subida (23,1% para 23,6%), mas permanece muito abaixo dos parâmetros habituais dos sociais-democratas, além de que aumentou a distância para o PS.

A menos de três meses das legislativas, não parece de todo possível que o partido do antigo autarca do Porto chegue na frente.

Razões de preocupação tem também o CDS. Os centristas de Assunção Cristas continuam a resvalar, atingindo este mês o valor mínimo de 4,9% (contra 6,6% o mês passado). A manter-se a tendência, é de admitir que o PAN chegue às eleições de outubro como a quinta força política, ultrapassando o CDS.

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Neste momento, PSD e CDS atingem, juntos, os 28,5%. Nas eleições de 2015, em que os dois partidos concorreram coligados, alcançaram 36,8% dos votos. Já a geringonça, chega agora aos 53,7%.

Quanto à abstenção, volta a registar uma subida - está agora nos 36,6% (35,9% em junho).

Mário Centeno mais próximo de liderar FMI

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Mário Centeno mantém-se como o melhor ministro, revela sondagem CM/Aximage. Os bons resultados do ministro das Finanças têm gerado frutos lá fora. Centeno é, agora, um dos nomes mais bem colocados para substituir Christine Lagarde no FMI.

O ex-líder do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, e o governador do Banco de Inglaterra, Mark Carney, terão sido afastados da corrida. Centeno, Nadia Calviño (ministra espanhola) e Olli Rehn (ex-comissário europeu) são os mais bem posicionados, diz o ‘Politico’.

Só primeiro-ministro obtém nota positiva

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Na avaliação dos líderes, apenas António Costa merece avaliação positiva (10,6 em escala de 0 a 20). Seguem-se Catarina Martins (9,9) , André Silva (9,2) e Jerónimo de Sousa (8,9).

Temido e Tiago são os piores ministros

No ranking dos ministros, em contraponto a Mário Centeno (de longe considerado o melhor), está Marta Temido (Saúde) e Tiago Brandão Rodrigues (Educação).

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FICHA TÉCNICA

Universo: indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais em Portugal com telefone fixo no lar ou possuidores de telemóvel.

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Amostra: aleatória e estratificada (região, habitat, sexo, idade, escolaridade, atividade e voto legislativo) e representativa do universo foi extraída de um subuniverso obtido de forma idêntica. A amostra teve 601 entrevistas efetivas: 287 a homens e 314 a mulheres; 60 no Interior Norte Centro, 80 no Litoral Norte, 98 na Área Metropolitana do Porto, 113 no Litoral Centro, 169 na Área Metropolitana de Lisboa e 81 no Sul e ilhas; 96 em aldeias, 161 em vilas e 344 em cidades. A proporcionalidade pelas variáveis de estratificação é obtida após reequilibragem amostral.

Técnica: Entrevista telefónica por C.A.T.I., tendo o trabalho de campo decorrido entre os dias 12 e 15 de julho de 2019, com uma taxa de resposta de 73,7%.

Erro probabilístico: Para o total de uma amostra aleatória simples com 601 entrevistas, o desvio-padrão máximo de uma proporção é 0,020 (ou seja, uma margem de erro - a 95% - de 4,00%).

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Responsabilidade do estudo: Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direção técnica de João Queiroz

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