Sócrates aplaudido num almoço de apoio em Lisboa

Encontro em homenagem ao antigo primeiro-ministro reuniu cerca de 100 pessoas.

20 de maio de 2018 às 16:22
José Sócrates
José Sócrates falou para dezenas de estudantes na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra sobre a Europa Foto: Lusa

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O antigo primeiro-ministro José Sócrates foi este domingo brindado com gritos pelo seu nome à chegada a um almoço de homenagem, com cerca de 100 pessoas, em Lisboa, declinando, para já, fazer declarações aos jornalistas.

Um dos fundadores do PS, António Campos, e o antigo ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações Mário Lino estão entre os participantes no evento, organizado pelo movimento cívico 'José Sócrates sempre', com alguns dos membros da organização a restringir o acesso ao restaurante, no Parque das Nações, Lisboa, designadamente para recolha de imagens.

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O antigo secretário de Estado das Obras Públicas Paulo Campos, também sob a égide de Sócrates e filho de António Campos, juntou-se mais tarde ao repasto no qual todas as pessoas abordadas rejeitaram também prestar quaisquer declarações à comunicação social.

O ex-secretário-geral socialista, que entretanto pediu a desfiliação para evitar "embaraço mútuo" na sequência das acusações de corrupção que sobre ele recaem, reservou eventuais palavras para o discurso após a refeição, dizendo querer dirigir-se às pessoas presentes no almoço.

José Sócrates, único líder do PS a conseguir uma maioria absoluta, foi primeiro-ministro entre 2005 e 2011 e enfrenta agora, tal como outros arguidos, acusações do Ministério Público de diversos crimes económico-financeiros, nomeadamente de corrupção, no âmbito da denominada Operação Marquês e outros processos judiciais, tendo estado detido preventivamente entre 2014 e 2015.

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Sócrates garante que não se desfiliou do PS para o atacar 

O antigo primeiro-ministro e ex-líder do PS José Sócrates garantiu este domingo que não se desfiliou do partido para o atacar, prometendo respeitar a realização do 22.º Congresso Nacional, no próximo fim de semana, na Batalha, Leiria.

O antigo secretário-geral "rosa" afirmou que o recente pedido de desvinculação, justificado para evitar o "embaraço mútuo" devido às acusações de corrupção que sobre ele recaem, foi "um ato doloroso do ponto de vista pessoal".

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"Não desejo fazer nenhum comentário mais sobre o assunto, mas se a alguém passou pela cabeça que eu ia agora começar a atacar o PS ou ferir a sensibilidade dos militantes socialistas que vão agora disputar o seu congresso, estão muito enganados. Nunca faria isso. Tenho grande afeto e ligação emotiva muito forte e tenho por eles o maior respeito", disse.

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