Todos contra Marcelo logo à primeira volta

Promessas, apelos à ida às urnas no dia 24 de janeiro e a esperança de que Marcelo Rebelo de Sousa não seja eleito à primeira volta marcaram o início da campanha das eleições presidenciais. O professor é o alvo preferido das críticas dos candidatos. António Sampaio da Nóvoa, que esteve em Seia, no distrito da Guarda, disse que votar em Marcelo "é o mesmo que escolher uma rifa", pois nunca se sabe "o que nos vai calhar em sorte".

Marisa Matias, que escolheu o Funchal, na Madeira, para começar a sua campanha, recusou liminarmente a ideia de que as eleições estejam ganhas à partida por Marcelo. Lembra que o "povo soberano" é que vai decidir se quer um Presidente ligado às elites económicas ou um que esteja do lado dos mais desfavorecidos.

Maria de Belém, por sua vez, afirmou, em Almeirim, que o tempo não está para aventuras nem para experimentações, e apelou a uma ida às urnas. Couberam a Marçal Grilo, mandatário nacional de Maria de Belém, as críticas: "Nós não precisamos, na Presidência da República, nem de uma revolucionária, nem de um académico ex-revolucionário, nem de uma pessoa que trocou uma religião por outra, nem do capitão de indústria, nem de uma vedeta de televisão."

Num comício que decorreu no Porto e que contou com o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, Edgar Silva evocou o apoio do antigo presidente da Comissão Europeia Durão Barroso - amigo do ex-presidente norte-americano George W. Bush e da chanceler alemã, Angela Merkel - a Marcelo Rebelo de Sousa.

Já Marcelo diz que não receia uma segunda volta, mas apela ao voto. Em Boticas, Vila Real, lembrou a crise para formar Governo e disse que não haver segunda volta seria bom para que o Presidente da República possa assumir o lugar com tempo.