Ventura diz que Governo decidiu reconhecimento da Palestina por causa de sondagens
Líder do Chega referiu que em julho o Governo colocava como condições para o reconhecimento da Palestina, contudo, garante que"nada disto aconteceu".
O presidente do Chega acusou esta quarta-feira o Governo de ter decidido o reconhecimento do Estado da Palestina por causa de "duas ou três sondagens" e considerou que esta decisão é "um tiro no pé da direita portuguesa".
"O senhor primeiro-ministro por causa do Presidente Emmanuel Macron, talvez por causa ali da deputada que foi para Gaza e agora mandou outra aqui para a substituir durante o dia de hoje, decidiu, porque olhou para duas ou três sondagens, vamos lá reconhecer a Palestina", afirmou André Ventura, referindo-se à deputada única do BE, Mariana Mortágua, que integra a flotilha que se propõe levar ajuda humanitária para Gaza.
Estas acusações foram deixadas por André Ventura no final da sua intervenção durante o debate quinzenal com o primeiro-ministro, numa altura em que Luís Montenegro já não tinha tempo para responder.
O líder do Chega referiu que em julho o Governo colocava como condições para o reconhecimento da Palestina a "libertação segura dos reféns, a realização de reformas democráticas pela autoridade palestiniana, a desmilitarização do Estado e do Hamas, o desarmamento do Hamas, o reconhecimento de Israel Pela autoridade palestiniana".
"Nada disto aconteceu", afirmou.
André Ventura argumentou de seguida que "na terra da autoridade palestiniana as mulheres são objetos, quem manda é o terrorismo, quem manda não é a democracia, são as armas, e os homens, as minorias, as mulheres são parte de tráfico e de tráfego que os piores bandidos do mundo fazem".
"Não foi isto que nos prometeu, não é isto que a direita quer, não é isto que a direita exige. E eu compreendia que o Dr. José Luís Carneiro fizesse isto, compreendia também que o sr. engenheiro Pedro Nuno Santos fizesse isto, mas não compreendo que alguém que se diz representante do centro-direita português reconheça o Estado palestiniano, e reconheça o terrorismo", salientou.
Ventura alegou que "isto não é só um tiro no pé da direita portuguesa, é um tiro no coração dos valores".
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