Vieira da Silva demorou dois anos a aprovar auditoria que arrasa Santana
A auditoria aprovada em Janeiro de 2018 revela que terão sido feitos na Santa Casa de Lisboa contratos por ajuste directo e pagamentos adiantados ilegais.
O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, demorou quase dois anos a aprovar uma auditoria feita em Maio de 2016, que apresenta irregularidades na contratação de bens e serviços, indícios criminais e até acusações de condicionamento do trabalho dos inspectores da Inspecção-Geral do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
Segundo o jornal Público, o pedido de auditoria foi feito em Maio de 2016, pelo ministro da Solidariedade, Trabalho e da Segurança Social do anterior Governo, Pedro Mota Soares, mas só em Janeiro de 2018, passado 20 meses, é que foi aprovado pelo actual ministro, Vieira da Silva.
Ao jornal, o governante desvaloriza o tempo decorrido. "Não se destaca da média do tempo gasto na análise em processos de igual complexidade", disse. Contudo, o Público apurou que pelo menos 30 relatórios das várias inspecções-gerais do Governo levaram no máximo três meses a serem aprovados.
A auditoria só aprovada em Janeiro de 2018 revela que foram feitas adjudicações feitas sem concurso público, contratos por ajuste directo feitos com quem não reunia condições legais para ser contratado e pagamentos adiantados ilegais na Santa Casa de Lisboa, sob o mandato de Pedro Santana Lopes.
As infracções financeiras serão analisadas agora pela Tribunal de Contas, apurou o Público. Caso o tribunal verificar as suspeitas, o dinheiro pago indevidamente terá de ser reposto pelos responsáveis. Recorde-se que os contratos celebrados entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e alguns fornecedores, entre 2012 e 2014, estão a ser investigados pelo Ministério Público.
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