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Aguiar-Branco refutou preferir silêncio sobre detenção dos portugueses da flotilha

"Primeiro fiz institucionalmente aquilo que me competia e na semana passada também fiz duas intervenções", afirmou o presidente da Assembleia da República

07 de outubro de 2025 às 14:19

O presidente da Assembleia da República refutou esta terça-feira no Porto ter estado em silêncio sobre a detenção dos quatro portugueses que integraram a flotilha rumo a Gaza, afirmando ter feito duas intervenções a pedir prudência e celeridade na deportação.

José Pedro Aguiar-Branco falava à margem da visita ao Centro de Formação da Associação de Futebol do Porto, que visitou na companhia do presidente da instituição, José Manuel Neves.

Antes de se pronunciar sobre a crítica feita, numa declaração enviada no sábado à Lusa por Ferro Rodrigues, seu antecessor enquanto presidente do parlamento, que considerou "incompreensível" o silêncio da segunda maior figura do Estado, Aguiar-Branco expressou o desejo de que a deputada Mariana Mortágua "possa rapidamente reassumir a sua função deputada", considerando que isso "será um bom sinal", depois das semanas envolvidas na flotilha.

Aguiar-Branco deixou uma "palavra de consideração" à deputada Andreia Galvão substituiu a deputada única do BE no hemiciclo, afirmando que "foi muito competente nesse exercício e também prestigiou a Assembleia da República no exercício do seu mandato".

"Eu não estive em silêncio. Primeiro fiz institucionalmente aquilo que me competia e na semana passada também fiz duas intervenções, uma pedindo prudência às autoridades israelitas na missão que também estavam a fazer, o que terá acontecido, e por outro lado também pedindo que a deportação fosse feita com a celeridade que a situação aconselhava", respondeu Aguiar-Branco.

E prosseguiu: "é evidente que não andei a correr para a comunicação social, não andei a correr para as televisões, mas acho que esse papel institucional que me cabia foi feito e as intervenções que também eram adequadas, foram feitas".

Questionado se, sendo a segunda figura maior do Estado, não sentia que devia uma palavra no momento em que se soube da detenção dos quatro portugueses, sendo que uma é deputada e quando se ouvia queixas de maus tratos aos quatro portugueses, Aguiar-Branco reiterou ter acompanhado "institucionalmente como lhe competia" e que informou que acompanhou também "toda a intervenção, a ação externa do Governo, que fez efetivamente aquilo que tinha que fazer".

"É ao Governo, que compete precisamente nessa ação externa assegurar, como assegurou, todo o apoio consular da Embaixada de Portugal em Israel para que a deportação acontecesse com celeridade", disse.

E acrescentou: "apelei a que essa deportação acontecesse com a celeridade máxima e, no mais, espero que haja paz. Todos desejamos que as nossas intervenções sejam um contributo para a paz e para a celeridade, nomeadamente nessa zona do mundo e aquilo que eu desejo é que ela venha com a máxima brevidade possível".

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