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Almada reforça vigilância no Parque da Paz devido a fogos frequentes

Desde o início do ano foram registadas 29 ocorrências de incêndios rurais no concelho de Almada, 18 das quais no Parque da Paz, a maioria à noite e em vários pontos em simultâneo.

31 de julho de 2025 às 17:01

A Câmara Municipal de Almada reforçou a vigilância e o patrulhamento no Parque da Paz, devido à ocorrência nos últimos meses de vários incêndios naquela zona verde, disse à agência Lusa a presidente da autarquia.

O Parque da Paz, da autoria do arquiteto paisagista Sidónio Pardal, é um parque urbano situado na cidade de Almada, no distrito de Setúbal, com cerca de 60 hectares, constituindo o pulmão da cidade, com zonas relvadas, matas, zonas de descanso, caminhos e lagos.

Segundo Inês de Medeiros, desde o início do ano foram registadas 29 ocorrências de incêndios rurais no concelho de Almada, 18 das quais no Parque da Paz, a maioria à noite e em vários pontos em simultâneo.

Um desses incêndios ocorreu na noite de quarta-feira.

Por isso, adiantou a autarca eleita pelo PS, foi reforçada a vigilância e o patrulhamento 24 horas junto ao parque.

"Não é novidade e por isso é que estamos em fase final para instalar câmaras de vigilância. No verão todos os anos temos casos de fogo posto no Parque da Paz, mas este ano aumentaram substancialmente, pelo que considerámos necessário reforçar a vigilância dentro do parque", explicou.

A área ardida nos incêndios rurais em Portugal continental triplicou nos últimos 15 dias, para quase 30 mil hectares, de acordo com dados provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

No mais recente relatório do ICNF de incêndios rurais, até 15 de julho, estava contabilizada uma área afetada de 10.768 hectares, devido a 3.370 fogos.

Em 15 dias, a área ardida subiu para 29.474 hectares e o número de fogos para 4.631, segundo dados provisórios disponíveis no 'site' do ICNF, às 10h00 desta quinta-feira.

Desde sábado que vários fogos considerados significativos pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) têm ocorrido em Portugal continental, com destaque para os que lavram desde sábado em Ponte da Barca (distrito de Viana do Castelo) e desde segunda-feira em Arouca (distrito de Aveiro), com extensão para outros concelhos.

Os dados provisórios do ICNF indicam ainda que 49% da área ardida correspondeu a povoamentos florestais, 38% a matos e 13% a zonas agrícolas.

A maior parte da área ardida está, até quarta-feira, na região Norte (18.000 hectares), seguida da do Alentejo (6.960 hectares), de acordo com estatísticas do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais, da responsabilidade da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais.

O risco de incêndio tem sido máximo na maioria dos concelhos de Portugal continental, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

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