Gestor elogiou a "aposta forte no Serviço Nacional de Saúde" feita pelo Governo no Plano de Recuperação e Resiliência.
O gestor António Costa e Silva elogiou hoje a "aposta forte no Serviço Nacional de Saúde (SNS)" feita pelo Governo no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), mas defendeu que deve abranger as carreiras médicas.
O professor universitário e gestor da petrolífera Partex, que o primeiro-ministro, António Costa, escolheu para preparar um programa de recuperação económica e social do país até 2030, denominado "visão estratégica" e apresentado no ano passado, pronunciou-se hoje sobre o PRR do Governo, que está desde terça-feira em consulta pública.
Numa intervenção por videoconferência num fórum promovido pela Juventude Socialista (JS) intitulado "Vencer o futuro - Faz ouvir a tua voz", António Costa e Silva sustentou que "a crise pandémica mostrou que nestas alturas, quando há uma crise exógena brutal", a salvação "não são os mercados, é o Estado, o SNS".
"Eu fico muito contente que o Governo tenha contemplado, no âmbito do PRR, uma aposta forte no SNS, no sistema nacional de saúde. E penso que essa aposta se deve fazer não só ao nível das infraestruturas, mas também nos profissionais, nas carreiras médicas, na valorização e na criação de condições para respondermos às crises futuras", acrescentou.
O professor e gestor advertiu que Portugal tem de estar preparado para enfrentar "não só risco da próxima pandemia, mas também das catástrofes naturais, dos incêndios, o risco sísmico".
No seu entender, por isso, "no âmbito do PRR", deve-se procurar "criar uma espécie de internet do território", que consiste na "capacidade de recolher dados com fotografia aérea, imagens de satélite, drones, sensores, e a capacidade de tratar esses dados", para "depois se definir as políticas adequadas".
Por outro lado, nesta intervenção, António Costa e Silva insistiu na ideia de "sediar em Beja ou em Mértola a capital europeia ou a capital mediterrânica da luta contra a desertificação, para mobilizar os fundos europeus, mobilizar a capacidade científica, as universidades, os politécnicos, as autarquias, as empresas, para fazer face a esse fenómeno".
"Há fundos europeus destinados à luta contra a desertificação", assinalou.
Segundo Costa e Silva, esta "é uma área em que Portugal pode desempenhar um papel muito importante, porque pode pôr o seu papel geopolítico ao serviço da geoeconomia", aproveitando o seu 'softpower' "para lutar contra aquilo que é um dos grandes desafios deste século, a luta contra a desertificação, contra a ameaça ambiental".
O professor do Instituto Superior Técnico ressalvou que o PRR não é o único instrumento que dará sequência à "visão estratégica" que apresentou, destacando a importância do quadro financeiro plurianual da União Europeia.
"E é evidente que existe no PRR pouco daquilo que estava na visão estratégica em termos do mar, mas o mar é uma das apostas fundamentais para o futuro, não só em termos dos portos, das plataformas logísticas, mas também da investigação de tudo aquilo que se passa em termos dos oceanos", apontou.
António Costa e Silva deu como exemplo a Noruega e a sua participação num projeto com sensores e sistemas de inteligência artificial no fundo do mar: "Usando a ciência, o conhecimento, intervêm ao nível da gestão dos cardumes, da definição dos tempos de pesca e subitamente o que estamos a ver é uma pesca sustentável, reavivar dos cardumes, é o uso inteligentemente dos recursos".
O Plano de Recuperação e Resiliência, que Portugal apresentou para aceder às verbas comunitárias para fazer face às consequências da pandemia de covid-19, prevê 36 reformas e 77 investimentos nas áreas sociais, clima e digitalização, correspondentes a um total de 13,9 mil milhões de euros de subvenções.
Depois de um primeiro esboço apresentado à Comissão Europeia, em outubro passado, e de um processo de conversações com Bruxelas, o Governo português colocou a versão preliminar e resumida deste plano em consulta pública, na passada terça-feira.
Segundo o executivo, foram definidas três "dimensões estruturantes" de aposta - resiliência, transição climática e transição digital -, às quais serão alocados 13,9 mil milhões de euros de subvenções a fundo perdido das verbas europeias.
No documento, estão também previstos 2,7 mil milhões de euros através de empréstimos.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.