O debate do parlamento desta tarde era sobre um agendamento da IL de um projeto de resolução para que se realizasse uma auditoria ao processo de nacionalização da TAP, mas na sua intervenção, a deputada do BE Mariana Mortágua defendeu que apesar de todas as auditorias serem "bem-vindas", não substituem "um debate sobre as escolhas políticas".
"A prova disso é que, por exemplo, no Orçamento do Estado, quando foi votado um artigo que aumentava o limite dos ajustes diretos para a Jornada Mundial da juventude houve partidos aqui que fizeram uma escolha política. O PSD fez a escolha política de aumentar os limites dos ajustes diretos, o PS acompanhou o PSD nesse aumento dos ajustes diretos e a IL acompanhou o PS e o PSD a aumentar os limites dos ajustes", referiu.
Segundo a deputada do BE, "agora espantam-se que a consequência da sua decisão política tenha sido um ajuste direto de quatro milhões de euros para construir um altar vergonhoso que não tem qualquer lógica nem qualquer defesa".
"Essa decisão sem defesa nem explicação resulta de uma decisão política tomada na Assembleia da República com os votos do PSD, PS e da IL", referiu.
O ajuste direto para a construção de um altar-palco em Lisboa para a Jornada Mundial da Juventude tem estado envolvido em polémica nos últimos dias.