Não há ainda data para a sua concretização-
A Câmara de Lisboa e o Ministério da Administração Interna vão delinear um plano de segurança específico para a cidade, não havendo ainda data para a sua concretização, disse, esta terça-feira, o presidente do município.
Carlos Moedas falava aos jornalistas após uma reunião, em Lisboa, com a ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, um encontro que tinha sido pedido a 09 de junho "com caráter de urgência" para discutir "respostas para os problemas de segurança que a cidade enfrenta".
"Foi uma excelente reunião, eu penso que senti uma dinâmica no Ministério da Administração Interna que não sentia há muito tempo, mas senti sobretudo uma ministra com visão para aquilo que é uma especificidade da cidade de Lisboa", começou por dizer o social-democrata.
Segundo o autarca, "há um reconhecimento, mas há sobretudo uma visão e um plano" para a cidade, e ficou combinado com a ministra olhar para a situação de Lisboa em relação ao número de elementos necessários da PSP e de Polícia Municipal.
"Vamos estabelecer um plano de ação específico para Lisboa e eu penso que é muito importante, mostra a visão da ministra e mostra também o reconhecimento daquilo que é a situação de Lisboa", reiterou.
Carlos Moedas lembrou que Lisboa, capital do país, "tem muitas especificidades que não são como noutras cidades", até porque existem 570 mil habitantes e "há mais de um milhão de pessoas que entram todos os dias e saem".
O autarca, eleito pela coligação Novos Tempos, acrescentou ainda não haver datas para esta estratégia, lembrando que a ideia "foi aqui lançada", e deixou um agradecimento a Maria de Lúcia Amaral, "porque é um plano necessário para Lisboa".
"Seja em números de PSP, Polícia Municipal, ações conjuntas, patrulhas mistas, guardas-noturnos, as capacidades da Polícia Municipal aqui de fazer as detenções - tudo isso fará parte desta abordagem", exemplificou.
Carlos Moedas, que ainda não confirmou uma recandidatura à presidência do executivo nas autárquicas de 12 de outubro, disse ainda estar disponível para "assumir custos, se for necessário", mesmo gratificados.
"Disse à senhora ministra que pode contar comigo naquilo que é o trabalho de um presidente da Câmara, que é estar na rua e ter também esse conhecimento da rua. Ela é a ministra soberana em relação à segurança no país, mas eu fiquei realmente satisfeito de haver um entendimento sobre aquilo que hoje é Lisboa, e Lisboa tem este sentido, desta cidade que é aberta, mas tem que ser segura, e isso é muito importante para todos nós", salientou.
Na reunião foi também abordada a questão do regulamento para os guardas-noturnos, ideia lançada na Câmara de Lisboa que consiste em haver 56 guardas-noturnos na cidade, de forma a garantir "segurança durante a noite a muitas pessoas". O executivo vai avançar com a "regulamentação e a formação" de quem vai exercer a função.
Também abordada na reunião foi a questão do projeto de videoproteção na cidade e "uma aceleração desse projeto", segundo Carlos Moedas, que lembrou a existência de 32 câmaras no Cais do Sodré e mais 30 no Campo das Cebolas, "que estão só à espera de uma ligação".
Carlos Moedas disse ainda ter falado com a ministra sobre a colocação de "câmaras temporárias em certas ruas", recordando que o plano de videovigilância na cidade de Lisboa "já vem desde 2009" e, na altura, havia ruas que não tinham perigos e que hoje já faz sentido terem vigilância.
Uma zona da cidade em que o autarca defendeu a necessidade de haver videovigilância é o Martim Moniz, considerando-a, "sem dúvida, uma das zonas prioritárias que não estava inscrita, de certa forma, naquilo que foi o desenho inicial".
"Martim Moniz, toda a parte também da Avenida da Liberdade, toda essa zona é importante. (...) E, mesmo que não sejam câmaras fixas, que possam ser câmaras temporárias, como acontece hoje, quando há um jogo de futebol e há câmaras que são postas temporariamente", salientou.
Em relação à pretensão antiga de reforçar os poderes da Polícia Municipal, Carlos Moedas avançou que Maria Lúcia Amaral "entende a necessidade de a Polícia Municipal, que é feita de PSP, poder fazer detenção sem ser órgão de polícia criminal".
Carlos Moedas chegou a pedir ao MAI anterior a instalação de videoproteção em zonas da cidade como Martim Moniz, Mouraria, Arroios, São Domingos de Benfica e Avenida da Liberdade.
Lisboa dispõe, atualmente, de 64 câmaras de videovigilância na cidade.
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