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Chega vai chamar ministra da Justiça ao parlamento após fuga de reclusos de Alcoentre

André Ventura considera que "o sistema prisional está a implodir".

08 de julho de 2025 às 22:05

O Chega vai propor a audição da ministra da Justiça no parlamento na sequência da fuga de dois reclusos da prisão de Alcoentre, anunciou o presidente do partido, considerando que "o sistema prisional está a implodir".

"Só quem não o conhece é que não diz isto, o sistema prisional está a implodir [...] Não são os guardas que vigiam os presos, são os presos que vigiam os guardas. Hoje só não fogem mais presos porque não querem", afirmou André Ventura em declarações aos jornalistas na Assembleia da República.

O presidente do Chega quer que a ministra Rita Alarcão Júdice dê explicações na Assembleia da República, bem como o diretor-geral dos Serviços Prisionais.

André Ventura considerou que o Governo tem conhecimento da situação "há muito tempo" e acusou a ministra da Justiça de o ignorar.

"O sistema está a implodir, está a destruir-se por dentro, por falta de autoridade e por falta de meios. A ministra sabe isto e deixa isto continuar na mesma. Acho que é um caminho muito perigoso", salientou.

Ventura considerou que, "se nada for feito, o que aconteceu agora e o que aconteceu há um ano serão apenas pequenos momentos do que vai continuar a acontecer".

"Não temos guardas, temos um sistema prisional mal preparado, temos poucas estruturas de vigilância dentro do sistema prisional", referiu, defendendo que os guardas prisionais não podem ser responsabilizados pelas fugas e saudando as autoridades pela captura dos dois reclusos que fugiram na segunda-feira do Estabelecimento Prisional de Alcoentre.

Nesta declaração, depois de o partido ter estado reunido com "várias personalidades ligadas ao dia-a-dia das escolas", o presidente do Chega disse que tem recebido denúncias de "critérios de privilégio" por parte de crianças estrangeiras e filhos com desempregados no acesso a vagas escolares, "sobretudo em relação às creches, ao pré-escolar e ao primeiro ciclo".

André Ventura disse que a lei não prevê estas prioridades, mas na prática acontecem, "mais formais ou menos formais".

"As orientações que foram dadas às escolas são, precisamente, de facilitar, priorizar e agilizar as matrículas dos alunos migrantes. Nós temos isso em documento, documento que foi dado, aliás, no último governo ainda de António Costa e que tem servido para as escolas agilizarem, muitas vezes de forma a priorizarem, o acesso destas crianças no ensino", sustentou.

O líder do Chega considerou que "é importante fazer um levantamento destas situações" e indicou que o partido vai pedir "uma série de audições na comissão de Educação, com professores e encarregados de educação" de todo o país.

"E depois, o Chega vai propor que todas as orientações, mais formais ou menos informais, de priorizar ou agilizar matrículas estrangeiras sejam revogadas", adiantou.

Na ocasião, o líder do Chega voltou a dizer que o partido vai votar a favor da comissão de inquérito à gestão do INEM, proposta pela IL, defendendo que este instituto "é mal gerido e o seu dinheiro é desviado".

André Ventura voltou também a defender a realização de uma "auditoria ao funcionamento do Ministério da Saúde".

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