O primeiro-ministro pediu esta segunda-feira serenidade em torno do Novo Banco e lembrou que a União Europeia prorrogou o prazo de venda da instituição até agosto de 2017.
António Costa foi interrogado sobre o processo de reestruturação do Novo Banco, que prevê a saída de cerca de 500 funcionários até ao final do ano, mas escusou-se a fazer comentários. O chefe do Executivo referiu apenas que "há tempo para, com serenidade, decidir o que tem de ser decidido" e, acrescentou, "sem a pressão do curto prazo". O primeiro- -ministro falava à margem da visita que fez ao Salão Internacional do Setor Alimentar e Bebidas (SISAB) que ontem abriu portas em Lisboa.
O Novo Banco detido em exclusivo pelo Fundo de Resolução bancário deverá ser vendido até ao verão do próximo ano, depois da Comissão Europeia ter estendido por um ano a data para a alienação. A possibilidade de o banco continuar na alçada do Estado foi avançada nos últimos dias, com o PCP e o BE, partidos que apoiam o Governo, a defenderem a nacionalização.
E sobre a polémica em torno do governador, Costa não voltou ao ataque. Também o Presidente da República eleito, Marcelo Rebelo de Sousa, evitou o tema: "Até 9 de março não acho nada." Ao ‘Expresso’, Carlos Costa rejeitou a possibilidade de se demitir, depois das críticas do primeiro-ministro.
Ontem, sindicatos e Novo Banco ainda não tinham data para a nova reunião sobre o futuro dos trabalhadores.