Eurodeputado defendeu que é necessário perceber o que se passou a nível técnico e o que provocou este descarrilamento.
O candidato presidencial liberal João Cotrim de Figueiredo considerou este sábado que o vereador com o pelouro da Carris deve ser afastado caso se conclua que o acidente com o elevador da Glória resultou das opções políticas da Câmara de Lisboa.
O eurodeputado e antigo líder da IL defendeu que, antes de assacar responsabilidades políticas, é necessário perceber o que se passou a nível técnico e o que provocou este descarrilamento que provocou 16 mortos e 23 feridos.
"Se se vier a apurar que as responsabilidades técnicas tiveram a ver com a forma como os políticos da autarquia organizaram esses serviços, acho que o responsável por essa decisão tem que ser responsabilizado. E, neste caso, dada a dimensão da tragédia, tem obviamente que ser afastado", defendeu.
O candidato considerou que neste caso, "o vereador com a pasta seria o primeiro responsável", nomeadamente o vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que tem o pelouro da mobilidade e das empresas municipais, incluindo a Carris.
Filipe Anacoreta Correia, indicado pelo CDS-PP, está de saída do executivo municipal, uma vez que não integra a lista de Carlos Moedas, que se recandidata a um segundo mandato uma coligação que junta PSD, CDS-PP e IL.
João Cotrim de Figueiredo falava aos jornalistas em Peniche (distrito de Leiria), antes de uma intervenção da iniciativa Campus da Liberdade 2025, organizada pelo Instituto +Liberdade.
O eurodeputado da IL ressalvou, no entanto, que "pedir cabeças em Portugal sem saber exatamente o que se tem passado, é um tique, é um impulso que não é muito inteligente, porque muitas vezes não é aí que reside o problema".
"O problema reside na falta de competência e exigência em grande parte da nossa administração pública, que faz com que, de repente, sejamos surpreendidos com a fragilidade e a vulnerabilidade de algumas infraestruturas críticas como estas, e isso é que é a grande ilação a tirar", defendeu.
Cotrim Figueiredo lamentou que "só quando acontece este tipo de tragédia é que se descobrem a fragilidade das instituições e também a forma um pouco desorganizada como se tratam de algumas infraestruturas, com possibilidade de causar enorme dano".
"Se há motivo para que haja, pelo menos no meu caso, vontade de protagonizar um determinado tipo de mudanças em Portugal, é exatamente para que o nível de exigência não ocorra só quando há este tipo de tragédias, ocorra sempre" com "pessoas competentes nos lugares certos e com exigência de responsabilidades", indicou, defendendo a necessidade de "ter uma administração pública competente".
O candidato às eleições presidenciais do início do próximo ano transmitiu também as suas "condolências e mais sentidos respeitos" às famílias das vítimas.
O elevador da Glória, em Lisboa, descarrilou na quarta-feira, causando 16 mortos e 23 feridos.
O Governo decretou um dia de luto nacional, nesta quinta-feira. Já a Câmara de Lisboa decretou três dias de luto municipal, entre quinta-feira e sábado.
O elevador da Glória é gerido pela Carris, liga os Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, num percurso de cerca de 265 metros e é muito procurado por turistas.
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