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Atual ministro dos Negócios Estrangeiros disse ao MP que Seguro Sanches acompanhava a despesa no Hospital Militar de Belém, mas, apesar do alerta de Seguro Sanches, nomeou Alberto Coelho presidente de uma empresa.
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Por despacho de 22 de junho de 2020, Seguro Sanches informou Cravinho de que, segundo um ofício de 1 de julho desse ano da Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional (DGRDN), então liderada por Coelho, a estimativa inicial da obra de 750 mil euros atingiu um custo de 2,59 milhões de euros e que a DGRDN adjudicara obras sem autorização ministerial. Por isso, o então secretário de Estado da Defesa propôs ao então ministro da Defesa que fosse proposta uma auditoria à Inspeção-Geral da Defesa.No dia seguinte, 23 de julho, Cravinho concordou com a proposta e anotou no despacho de Seguro Sanches: “Visto com elevada preocupação”. Mesmo assim, um ano depois, em julho de 2021, Cravinho nomeou Coelho presidente da Empordef - Tecnologias de Informação. Na resposta dada agora ao MP, Cravinho afirmou que, “naquele momento”, não tinha motivos para pensar que Coelho “não continuava a ser uma pessoa válida, capaz de continuar a contribuir para os objetivos do Ministério da Defesa”. E disse também que não reconduziu Coelho, como diretor da DGRDN, porque “não estava satisfeito com a sua condução do processo do Hospital Militar de Belém”. No Parlamento, em julho de 2021, Cravinho elogiou-o.
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