Lusa
JornalistaO único debate radiofónico com os candidatos na corrida a Belém marca esta segunda-feira o nono dia de campanha, num país parcialmente confinado em que milhares de portugueses já votaram antecipadamente mas ainda há eleitores por convencer.
Os candidatos começaram pelas 09h00 da manhã no 'Debate das Rádios' emitido em simultâneo pela TSF, Antena 1 e Renascença, em Lisboa, dividindo-se depois entre os que ficam pela capital e os que prosseguem a campanha pelo país.
A socialista Ana Gomes, apoiada por PAN e Livre, passará o dia em gravações de entrevistas, continuando com as já habituais sessões 'online', desta vez sob o tema "Justiça, Transparência, Corrupção".
Nesta primeira sessão, marcada para as 18:00, Ana Gomes vai falar com o ex-ministro da Justiça socialista José Vera Jardim, o advogado Manuel Magalhães e Silva e a economista Susana Peralta. Numa segunda sessão digital, pelas 19:30, a ex-eurodeputada tem conversa marcada com membros do Instituto de Estudos Políticos e Associação de Estudantes de Direito da Universidade Católica.
Marisa Matias, candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda, ficará pela capital, tendo em agenda um encontro com uma trabalhadora da cultura, ao qual se juntará a coordenadora do BE, Catarina Martins.
O dia termina com um comício virtual, emitido do Cineteatro Capitólio, com participações do líder parlamentar bloquista Pedro Filipe Soares, da jornalista e escritora Pilar del Rio e da atriz Lúcia Moniz.
O candidato comunista João Ferreira segue do debate nas rádios para um contacto em Lisboa com trabalhadores da educação, na escola Secundária António Arroio, mas termina o dia em Leiria.
Ao fim da tarde o eurodeputado estará numa sessão pública na Marinha Grande, que contará com a presença do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, e à noite Ferreira finaliza o dia com novo contacto com trabalhadores, desta vez com empresários da restauração, na Nazaré.
Já André Ventura, que falhou o debate, vai rumar a Norte, onde tem marcado um almoço-comício pelas 13:00 no distrito de Viana do Castelo, continuando com visitas a uma fábrica de mobiliário e carpintaria em Lordelo e um centro empresarial em Paços de Ferreira. O dia do candidato apoiado pelo Chega termina com mais um "comício drive-in" na praia do Aterro, em Leça da Palmeira.
Tendo em conta o contexto pandémico no país, o liberal Tiago Mayan Gonçalves adaptou a campanha e vai reunir-se virtualmente com 18 empresários algarvios, de áreas como a agricultura, restauração, hotelaria, eventos ou ginásios, para "expor as suas ideias" de como é que o tecido empresarial algarvio poderia ser ajudado face às consequências da covid-19 e "dar voz" a estes trabalhadores.
Vitorino Silva, candidato mais conhecido por Tino de Rans e apoiado pelo RIR (Reagir, Incluir, Reciclar), tem a tarde de segunda-feira reservada para duas entrevistas, uma pelas 18:00 ao Novum Canal Regional e outra pelas 21:30 à rádio local 'Toca a Dançar' de Matosinhos.
Marcelo Rebelo de Sousa, atual chefe de Estado e recandidato, apoiado por PSD e CDS-PP, não divulgou agenda de campanha para hoje além do debate radiofónico.
As eleições presidenciais, que se realizam em plena pandemia de covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de janeiro e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976. A campanha eleitoral decorre até 22 de janeiro.
Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).
Marcelo diz que até agora "não houve necessidade de requisição civil" mas admite contexto mais complicado que em março
Quanto aos privados, o Presidente da República não coloca de parte a requisição civil: Até agora "não houve necessidade de requisição civil. Se tiver de ser, será utilizada", admite.
Vitorino Silva quer "vacina para a economia"
Vitorino Silva afirma que os "políticos não fazem milagres: é preciso deixar a ciência brilhar".
Além da vacina contra a Covid-19, é preciso uma vacina para "curar a economia", disse
João Ferreira afirma que PR tem de ser "um fator de esperança"
João Ferreira defende que o Presidente da República tem de ser "um fator de esperança e mobilização".
Ana Gomes aponta medidas inconsequentes do confinamento
Ana Gomes afirma que as próximas eleições vão ser fundamentais para não serem determinadas medidas inconsequentes. A candidata lembra o setor da cultura, "que se portou bem durante o confinamento e agora voltou a fechar".
"Fecharam-se teatros e cinemas, mas deixaram-se abertos os serviços religiosos. Isto é um convite a concertos nas igrejas?", questiona.
Marisa relembra que precariedade aumentou com a pandemia
Marisa Matias lembra que metade dos desempregados em Portugal continuam sem acesso ao subsídio de desemprego, e que a precariedade aumentou com a pandemia.
Mayan diz que Marcelo "fez de porta-voz" do governo
Por outro lado, diz que Marcelo aderiu "a pactos de silêncio com o governo". Como no caso do SEF e do Procurador Europeu.
Ana Gomes quer fazer a diferença como presidente
"O Presidente da República pode fazer a diferença. Deve utilizar todos os poderes na Consituição, da influência, e é aí que posso fazer a diferença", diz Ana Gomes.
Marcelo sobre "pontos cruciais"
Marcelo Rebelo de Sousa garante que a pandemia é prioritária na economia do país, e que "quanto mais tempo durar, maior será a crise". O presidente diz que é necessário um "amplo consenso entre todas as autoridades e especialistas".Lembra ainda a necessidade de aumentar as medidas para o arranque da economia portuguesa: "umas dependem de nós, outras de 27", lembra, referindo-se aos Estados-membro da União Europeia.
O Presidente da República aponta ao Orçamento do Estado e à necessidade de investimento no Serviço Nacional de Saúde.
Lembra ainda a necessidade de aumentar as medidas para o arranque da economia portuguesa: "umas dependem de nós, outras de 27", lembra, referindo-se aos Estados-membro da União Europeia.
Candidatos atacam Marcelo relativamente à regionalização
Sobre a regionalização, o Presidente da República diz que os partidos com assento parlamentar têm de decidir: referendo ou revisão constitucional. Ana Gomes a refuta a ideia do Presidente e diz que ultrpassar o referendo é "boicotar o processo".
João Ferreira lembra que foi proposto um calendário na Assembleia da República e que esse calendário a ser seguido faria com que nas próximas eleições a regionalização estivesse em marcha.
No entanto, "esse projeto do PCP foi chumbado".
Tiago Mayan condena que se discuta "o acessório em vez do fundamental" no caso da regionalização.
Marisa Matias diz que a descentralização é uma das questões centrais, "e basta andar pelo país para perceber as desigualdades".
Mayan diz que Marcelo não fez nada relativamente a caso do SEF
Tiago Mayan diz que Marcelo não fez nada relativamente ao caso do SEF, onde podia ter feito a diferença, considera o candidato.
Ana Gomes, Marisa e Mayan criticam Chega, Marcelo avisa que torná-lo "pólo central" acelerará fenómeno
Marcelo Rebelo de Sousa alerta que o fenómeno do Chega "acontecerá mais depressa de o tornarmos em pólo central da vida política".
Marcelo garante que não sentirá falta de nada após terminar funções
Marcelo conclui que não sentirá falta de nada: "As funções são assim".
"Serei exatamente o mesmo que era à entrada", garante o Chefe de Estado.
"Aquilo que é a eleição de um presidente, eleição de autarca, deputado, deputado europeu, é uma missão de serviço e deve ser encarada como tal", conclui.
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