O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse esta quinta-feira que apesar de ser "tentador defender que é necessário abrir e desconfinar rapidamente", o número de internamentos Covid-19 ainda é "o dobro do indicado por especialistas".
"A Páscoa é um tempo arriscado para mensagens confusas ou contraditórias. Que se estude e prepare bem o dia seguinte, e que se escolha bem esse dia, sem precipitações para não repetir o que já se conheceu", alertou o Chefe de estado.
Devido aos atrasos nas entregas das vacinas, "não haverá provavelmente no próximo mês, mês e meio, tudo o que se quer garantir, desde logo nas escolas", disse Marcelo.
Marcelo afasta assim um desconfinamento em março: "Não se confunda estudar e planear com desconfinar. Desconfinar a correr por causa dos números destes dias será tão tentador como leviano. Todos sabemos que os números sobem sempre mais depressa do que descem", sublinhou.
"Um povo que não conhece a sua História está condenado a repeti-la. Temos a certeza de que se formos sensatos, o pior já passou", terminou Marcelo Rebelo de Sousa.
Este discurso ocorreu na sequência da aprovação pelo parlamento do diploma que renova o Estado de Emergência até 16 de março.
Marcelo Rebelo de Sousa considera que se impõe manter o Estado de Emergência para "permitir ao Governo continuar a tomar as medidas mais adequadas para combater esta fase da pandemia" de covid-19, mas pede ao executivo que "aprove igualmente as indispensáveis medidas de apoio" às famílias e empresas, incluindo moratórias e apoios a fundo perdido.
Este foi o 12.º diploma do estado de emergência que o chefe de Estado submeteu para autorização do parlamento no atual contexto de pandemia de covid-19.