Democracia alcançada com revolução dos cravos tolerou os seus "declarados ou dissimulados inimigos".
O presidente do PS, Carlos César, considera que a democracia alcançada com o 25 de Abril tolerou os seus "declarados ou dissimulados inimigos", que exploram medos e se alimentam da mentira, e que se impõe defendê-la melhor.
Esta advertência é feita pelo ex-líder parlamentar do PS e antigo presidente do Governo Regional dos Açores numa mensagem vídeo publicada nas redes sociais desta força política sobre o 47º aniversário da revolução do 25 de Abril de 1974, na qual se refere às palavras de ordem do Movimento das Forças Armadas (MFA): Descolonizar, democratizar e desenvolver.
"O exercício das liberdades políticas passou a ser um valor protegido, e deixou de ser um simples motivo para a prisão, ou para o impedimento de exercer funções profissionais, como antes acontecia", assinala Carlos César.
Neste contexto, o presidente do PS afirma depois que "a democracia, na sua tolerância e na sua generosidade, acolheu todos e, até de modo muito benévolo, muitos dos que se acomodavam, infantes, ou sorrateiros, no colo da ditadura, e que se apressaram, então, a pôr os pés no chão fértil da liberdade que os outros conquistaram".
"Ainda hoje, a democracia é indulgente com eles, e com os que lhes sucederam, mesmo com os seus declarados ou dissimulados inimigos: Aqueles que crescem, explorando os medos, estimulando as intolerâncias, corrompendo, ou mesmo alimentando-se pela mentira e pelo apoucamento dos políticos e das instituições democráticas", aponta.
Depois, o presidente do PS deixa um desafio aos democratas: "Não esquecendo que o espírito do 25 de Abril é o de sermos respeitadores e respeitados por pensarmos e por agirmos todos de forma diferente, temos que defender melhor a nossa democracia do que o temos feito", declara.
Em relação aos objetivos de desenvolvimento inerentes à revolução de 25 de Abril, Carlos César advoga que essa "é uma tarefa que nunca estará completa" e defende que "o Portugal de penúria e de pés descalços, do tempo dos nossos pais e dos nossos avós, já não existe".
"Mas os jovens de hoje, tal como muitos com mais idade, não se satisfazem plenamente com isso, e com muita razão. Comparam as suas condições e as suas oportunidades, não com as que teriam se vivessem há 47 anos, ou mesmo há menos, mas sim com aquelas que outros jovens e adultos têm em outros países mais desenvolvidos, com os quais a comunicação e a interação já integram o dia a dia da maioria de todos nós", adverte.
Na perspetiva do ex-líder parlamentar socialista, "as novas gerações, protagonistas na sociedade digital, confrontadas com a sobre-exploração e esgotamento dos recursos naturais, com as desigualdades e as dificuldades dos sistemas de saúde e segurança social, com a desregulação, a corrupção e o terrorismo que marcam a situação internacional, com alterações imensas nas funções profissionais e a precariedade no trabalho, as novas gerações, dizia, têm outras ansiedades e procuram outras soluções".
"São esses os desafios a que o PS dá prioridade, para realizarmos, nesta segunda década do século XXI, as ambições e o melhor espírito de Abril", acrescenta.
Carlos César presta também homenagem aos "capitães de Abril", cuja ação permitiu "remover os obstáculos que impediam que as portuguesas e os portugueses fossem cidadãos participantes e de pleno direito, no seu próprio país".
"Foi o momento em que passámos a aprender a viver, uns e outros, e uns com os outros, usando a liberdade", salienta o presidente do PS.
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